EVERSON BOECK
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Na reunião extraordinária realizada ontem pela manhã, 21, na Câmara Municipal de Vereadores, foi aprovado por unanimidade o Projeto de Lei que trará mudanças em Santa Cruz do Sul para as empresas que comercializam seguros. Após sancionado pelo Executivo, o projeto, que é de autoria do Vereador Hildo Ney Caspary (PP), entra em vigor e vai assegurar ao consumidor, que contrata o seguro, a assistência de profissional da área.
A partir de agora, as empresas que vendem seguros precisam estar representadas por um Corretor de Seguros. Segundo o vereador Hildo Ney, o grande objetivo do projeto é proteger os interesses do consumidor. “Hoje em dia bancos, lojas, cartões de créditos e outros, vendem seguros sem a presença do Corretor de Seguros. Na maioria das vezes, quando o cliente tem um problema precisa recorrer aos ‘famosos’ 0800, que possuem um tratamento impessoal e lento. Agora isso vai mudar”, explica.
Caspary lembra, ainda, que estes estabelecimentos promovem as chamadas “vendas casadas” com produtos pré-montados. “Muitas vezes é imposta ao consumidor a compra pela força do poder econômico, ignorando a necessidade da presença deste profissional para orientar o consumidor, detalhando as coberturas, franquias, vigências, custos, assistências, sinistros, exclusões, concisões gerais da apólice, esquecendo-se de aplicar o imposto no decreto supracitado”, sublinha.
O delegado regional do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor/RS), Rogério Pereira, acredita que a aprovação deste projeto é muito importante para o consumidor que vai ter a garantia de que será atendido por um especialista na hora de contratar o serviço ou na hora do sinistro. “A figura de um vendedor vai ser substituída pela de um consultor, que realmente saberá orientar o cliente. Isso vai beneficiar, também, o mercado e os profissionais (os corretores de seguros), os quais precisarão estar em constante especialização para atender às exigências que estão por vir”, adianta Pereira.
MAIOR ARRECADAÇÃO
A grande consequência que a lei proporciona é o aumento de impostos, como ISSQN. “Antes os grandes conglomerados, ligados a instituições como bancos, levavam todo imposto arrecadado. Agora não, pois mesmo que continuem prestando o serviço na cidade deverão oferecer uma filial no município, isto é, os recursos ficarão aqui”, esclarece Rogério Pereira, delegado regional do Sincor/RS.
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Vereador Hildo Ney Caspary: “O grande objetivo do projeto é proteger os interesses do consumidor”