Débora Dumke
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Amor pela profissão é o que Manuela Oliveira Hammes sente. Médica Veterinária, atua na clínica Pet Boulevard Clínica Veterinária, localizada na Rua Marechal Deodoro, 1129, Santa Cruz do Sul. Formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Uruguaiana, atual Unipampa, a médica diz que não se via fazendo outro curso. “A veterinária era minha primeira, segunda e terceira opção de curso, então foi bem difícil escolher outras. É um curso maravilhoso, mas tem que se dedicar bastante. Precisa ter empenho para conseguir alcançar o objetivo. O curso é longo, são cinco anos. Não é um curso fácil, tem muita desistência. As disciplinas se interligam umas com as outras, é diferente da maioria em que há disciplinas diversas.”
Atualmente, os estudantes acabam vendo que não é somente fazer a faculdade, mas que é indispensável acompanhar a clínica, rotina e realizar estágios. Manuela conta que na época em que estudava era muito difícil as clínicas aceitarem os estágios, e que não eram remunerados. Ela destaca que quem estuda em turno integral muitas vezes precisa fazer os famosos “bicos’ para conseguir ter alguma renda. A alternativa é realizar alguma hospedagem em casa, ou algo do tipo, para conseguir alguma renda, porque na maioria das vezes é difícil e os estudantes acabam não conseguindo conciliar as duas atividades.
Quem faz veterinária acaba carregando uma sensibilidade maior, porque para estar ali deve-se realmente amar o que faz e todos os bichinhos. “A gente ama o paciente. Eu fiz porque eu gosto dos bichos. Acho muito mágico ser veterinária. Observar aquele olharzinho que foi diferente, isso é tão legal, que tu começa a entender os jeitinhos deles”, conta Manuela.
Hoje em dia existe essa sensibilização com os pets, com a alimentação, germinação e com a vacinação, mas antigamente isso não acontecia. A medicina veterinária evoluiu muito nestes últimos tempos, existem muitos exames que há uns 20 anos atrás não existiam, e por conta disso, é muito bom agregar o conhecimento com os novos profissionais e com os antigos, um complementando o outro para que possa ter um diagnóstico clínico. “Tem pessoas que não tem um custo de vida tão elevado, que não vão conseguir pagar pelos exames. Então o pessoal que está saindo da faculdade deve prestar atenção nos pacientes, que eles nos dizem muita coisa como abanar o rabinho, um olhar diferente, uma mordidinha”, orienta a veterinária.
Noutros tempos, as pessoas não se preocupavam tanto com o animal, já hoje em dia, elas estão indagando, querem uma resposta, assim como nos humanos, com a Medicina. Isso é uma evolução, na qual estão querendo cuidar mais e se preocupar mais com os seus fiéis companheiros. Manuela ainda afirma que prefere atender as pessoas que são mais interessadas em saber o que eles têm, do que aquelas que não estão nem aí, pois assim os tutores mostram preocupação.