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Produtor de Dois Lajeados aposta em mudas de batata-doce da Afubra

A partir de 2016, o produtor começou a fazer seus pedidos diretamente no Departamento Agroflorestal da Afubra, recebendo suas mudas em casa, com toda a comodidade – Foto Luciana Jost Radtke

O produtor Sadi Giacomini, da linha Barão de Lucena, interior de Dois Lajeados/RS, vem apostando nas mudas de batata-doce produzidas no Viveiro Agroflorestal da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Sadi conta que conheceu a produção durante a Expoagro Afubra de 2014, no estande da Embrapa e também do Viveiro da Afubra. Em 2015, através do seu Sindicato, fez o pedido da primeira leva de mudas, plantadas de forma orgânica, em sua propriedade. A partir de 2016, o produtor começou a fazer seus pedidos diretamente no Departamento Agroflorestal da Afubra, recebendo suas mudas em casa, com toda a comodidade. De lá para cá, já foram mais de quatro mil mudas adquiridas e plantadas. A produção é comercializada em feiras rurais de Dois Lajeados e de Lajeado, in natura e assadas, e também, em mercados.

Sadi conta que, antes de conhecer as mudas produzidas pelo Viveiro da Afubra, já plantava mudas antigas de batata-doce. “Depois que descobri essas mudas, incrementei a produção”, destaca o produtor, ao complementar que gosta de experimentar novas variedades e, inclusive, dá retorno à equipe da Afubra sobre produtividade e aceitação do público. Atualmente, Sadi produz as variedades Cuia, Rubisol e Amélia. Ele ainda complementa que poderia produzir suas próprias mudas, porém, a opção é por adquiri-las todos os anos da Afubra, pela qualidade. “Assim, tenho certeza de que elas virão com procedência garantida, o que me proporciona um melhor rendimento, que chega a 3 a 4 quilos de batatas por pé”. Com o auxílio da esposa Vera e do filho, Sadi ainda tem na propriedade a Agroindústria Nostro Lavoro. A produção inclui conservas doces e salgadas, polpa de tomate e farinha de milho crioulo, tudo com o selo de produção orgânica.

BATATA-DOCE

Com o objetivo de promover a diversificação de culturas e estimular a produção de hortaliças, tanto para o consumo próprio como para a comercialização, a Afubra iniciou, em 2012, a produção de mudas de batata-doce. Com o apoio da Embrapa, buscou-se as cultivares com qualidade genética e a tecnologia adequada para a produção das mudas. No momento, encontram-se disponíveis cinco cultivares para a comercialização:

BRS Amélia: grande aceitação pelos consumidores pelo seu sabor e cor da polpa (alaranjada). Textura úmida e melada, macia e doce quando assada ou cozida. A casca se solta com facilidade da polpa. Apresenta em sua composição carotenóides (pró-vitamina A), um nutriente essencial para nutrição. A colheita fica em 120 a 140 dias após o plantio com produtividade média de 32 toneladas por hectare.

BRS Rubissol: produtividade relativamente alta e boa uniformidade das batatas. Possui excelentes características para consumo de mesa e também pode ser utilizada no processamento industrial. Quando cozida ou assada, é doce e apresenta textura farinhenta. A colheita fica em 120 a 140 dias após o plantio com produtividade média de 40 toneladas por hectare.

BRS Cuia: pode chegar a 60 toneladas por hectare e tamanho de batatas relativamente grandes. Mostra boa adequação em processos industriais, mas também é excelente para o consumo doméstico. A colheita fica em 120 a 140 dias após o plantio com produtividade média de 40 toneladas por hectare.

Beauregard: é uma batata-doce diferenciada. Na alimentação humana pode ser consumida cozida, assada, em forma de farinha para fazer doces, pães, bolos. Tem alto teor de betacaroteno. A colheita fica entre 90 a 120 dias após o plantio, com produtividade média de 23 a 29 ton/ha.

BRS Gaita: tem a alta produtividade como principal característica, podendo ser utilizada para produção de biocombustível. Quando cozida ou assada mostra tonalidade verde. Tem um amplo uso, tanto consumo humano como animal. A colheita fica entre 120 a 140 dias após o plantio. A produtividade média é de 75 ton/ha, com mudas de alta sanidade e manejo correto.

Todo a produção e o manejo das mudas é feito no próprio Viveiro, por uma equipe treinada e capacitada. “Trabalhamos com materiais de reconhecida qualidade que permitem qualificar a produção, com o intuito de promover o conhecimento, difusão e orientar, tecnicamente, nas escolhas dos agricultores”, destaca o engenheiro florestal Juarez Pedroso Filho, gerente do Departamento Agroflorestal da Afubra. As mudas podem ser solicitadas pelo site da Afubra, no link https://afubra.com.br/viveiro-agroflorestal.html.