Falar sobre doenças não é numa tarefa fácil. Ainda mais quando o assunto é o câncer, segundo maior responsável pela morte de mulheres no País, depois das doenças cardíacas. Contudo, a palestra Câncer de Mama – Vamos falar sobre isso?, apresentada no Café Empresarial, na manhã de terça-feira (24 de outubro), trouxe uma abordagem leve e positiva sobre um tema que requer atenção e cuidados. “Prevenção é a melhor forma de aumentar as chances de cura”, afirma a enfermeira Angela Maria Pessôa da Silveira, palestrante do encontro. A iniciativa, promovida pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, integrou às ações de conscientização do Movimento Outubro Rosa ao principal evento de netwoking da entidade. Realizado mensalmente, no auditório da ACI, o Café Empresarial tem o patrocínio do Banco de Desenvolvimento Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), da Universidade de Santa Cruz (UNISC) e o apoio da Café Preto.
Formada em enfermagem, com especialização em ginecologia, obstetrícia e neonatologia, Angela Maria P. da Silveira não fez uma palestra técnica. Pelo contrário, como ela mesma definiu “foi uma conversa” para alertar outras mulheres sobre a importância de saber mais sobre o câncer de mama, conhecer os sintomas, riscos e, principalmente, como se prevenir. “O diagnóstico precoce aumenta em até 95% a chances de cura”, frisou.
A vivência como voluntária na Liga Feminina de Combate ao Câncer, onde coordena o grupo terapêutico e a visita aos pacientes oncológicos em internação hospitalar, conferiu à sua fala o tom da experiência. Assim, compartilhando o que aprendeu na convivência diária com pacientes e familiares que enfrentam os desafios desta doença, Angela mostrou que positividade, autoestima e bons hábitos alimentares são poderosos recursos para auxiliar no tratamento e na prevenção do câncer.
Fatores de risco – Casos na história da família, aumento da idade, gravidez após os 30 anos ou não ter filhos, obesidade e sedentarismo são alguns dos fatores que podem favorecer o surgimento da doença e por isso requerem cuidados redobrados. O exame clínico da mama e a mamografia são as mais seguras formas de diagnóstico. Contudo, fazer o autoexame – apalpamento da mama e das axilas – é importante como uma forma de conhecer o próprio corpo, recomenda.
O aparecimento de nódulo no seio, acompanhado ou não de dor, ou nas axilas, e alterações na pele que recobre a mama são sintomas da doença e precisam ser investigados. Segundo a palestrante, muitas mulheres evitam sequer falar sobre a doença e justificam com a máxima: quem procura acha. “Mas quem acha, trata e cura”, complementa Angela, lembrando que muitos tumores levam até 6 anos para manifestar sintomas.
Networking
Antes da palestra, os participantes foram recepcionados com café da manhã, oferecido pela Café Preto, e interagiram em dinâmicas para troca de cartões e contatos.