Fim de semana será de muito trabalho. Última rodada terá o clássico Gre-Nal ao vivo na RBSTV, e estarei narrando a partir das 17h no Beira-Rio. Aliás, um presentão da RBS para os torcedores gaúchos encerrarem bem este ano. Os telespectadores não sabem a dificuldade que é para liberar a transmissão de um jogo desses. A Rede Globo tem direito a transmitir, por contrato, três jogos a cada rodada. Um é o do Vasco, que pode ser campeão, o outro do Corinthians que igualmente e possivelmente poderá chegar ao titulo. E os demais estados todos brigando para transmitir um jogo decisivo. Paraná tem Atlético tentando fugir do rebaixamento contra o Coritiba que está na zona da libertadores. Santa Catarina tem o clássico com o Figueirense sonhando com a Libertadores. Minas tem o Cruzeiro desesperado para fugir do rebaixamento. Ceará tem o Ceará… Enfim… E o Rio Grande do Sul, através da RBS terá a transmissão do Gre-Nal… Um presente mesmo…
O Internacional é favorito no Gre-Nal, por vários motivos. Só o Inter tem algum objetivo no clássico. É um time que vai para a decisão do ano. Joga em casa, não tem técnico de saída do clube. Enfim… Mas Gre-Nal sempre pode apresentar surpresas. Dorival Júnior vai ser julgado nesta sexta-feira pela expulsão no jogo contra o Flamengo, e poderá não comandar o time dentro de campo, o que é um prejuízo muito grande para o time. Mas pensando bem, de longe, pode ser que o Dorival não tire por exemplo o Oscar e o D’Alessandro, como vinha tirando. Ou tire todos os atacantes, fazendo um meio-campo com seis jogadores. É um técnico que tem feito essas modificações que às vezes ninguém entende. No Grêmio, Kleber começou a treinar, e vai ser um grande reforço para o ano que vem. Ainda no domingo, o time é esse, médio, para não dizer fraco, e ainda sem motivação. Torcedor gremista espera por um ano de fortes emoções na próxima temporada, porque essa, não foi fácil.
Meu pai sempre insistiu… Eu precisava voltar a ouvir normalmente, nasceria de novo. Pois nunca achei importante. Ouvia 40 ou 50% das outras pessoas… E ia levando a vida como dava. Enfrentava muitas dificuldades. Eventos não podia ir mais, as pessoas falavam comigo e só devolvia um sorriso, como se estivesse concordando com tudo, mesmo sendo o maior absurdo. Até que cobrado pela direção da RBS o motivo de não me fazer presente nos eventos da empresa, resolvi falar. Não ouço o que as pessoas falam. Me perguntaram porque não colocava um aparelho. Pensei, pesquisei e respondi. Custa quase 20 mil reais. Dias depois me disseram que a empresa me daria os tais aparelhos para que pudesse, principalmente voltar aos eventos, já que para trabalhar não tinha muita dificuldade. Duas semanas depois me liga um médico otorrino, dizendo que os aparelhos encomendados pela RBS estavam prontos, isso quarta-feira desta semana. Busquei, coloquei, e horas depois concluí: o mundo é muito barulhento… Muito… Barulho de ar condicionado, dos carros, de buzina, dos passos das pessoas… Da chuva… Meu Deus, coisas que nunca ouvi. E a velha falando que hoje tem que pagar isso, amanhã aquilo. É demais. Acho que vou devolver os aparelhos. Sim, são dois, um de cada lado. Um inferno. Ser surdo tinha lá suas vantagens.