
Guilherme Athayde
Guilherme Athayde
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Com um déficit de R$ 75 milhões na prefeitura, Santa Cruz do Sul busca alternativas para economizar e ainda manter o bom funcionamento de estruturas que garantem a boa qualidade de vida do cidadão.
Na semana passada, o Riovale Jornal destacou a fala do prefeito Sérgio Moraes sobre as dificuldades no orçamento do município para o ano de 2025. Com a necessidade de cortar gastos, surge novamente a discussão sobre a cedência de estruturas que hoje são mantidas com dinheiro público para serem exploradas pela iniciativa privada, garantindo o funcionamento do serviço, com novos investimentos e serviços à população.
Na primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores do mês de fevereiro, dia 4, o vereador do partido Novo, Eduardo Wartchow, colocou novamente em pauta a questão da necessidade de melhorias no Parque da Gruta, no bairro Higienópolis. Ele destacou que a situação do local foi evidenciada pelo próprio prefeito, que publicou em suas redes sociais vídeos mostrando problemas nas estruturas do parque. Para Wartchow, a cessão das estruturas para a iniciativa privada poderia devolver ao local a possibilidade de investimentos e manter a economia para o município.
“São diversos benefícios, mas acredito que os principais são a economia de recursos públicos, afinal, a manutenção e administração ficaria a cargo da concessionária; mas o mais evidente de todos seria a possibilidade de explorar todo o potencial do Parque, que não apenas teria uma manutenção adequada continuamente, mas também teria mais atrações e serviços úteis aos frequentadores, atraindo e fidelizando ainda mais turistas à cidade”, destaca o vereador do Novo.
Wartchow aguarda o retorno da sugestão por parte da prefeitura, mas afirma que irá formalizar o pedido para passar a estrutura do Parque da Gruta à iniciativa privada após ampliar os estudos que seu gabinete vem fazendo sobre modelos de concessão de sucesso que poderiam ser aplicados em Santa Cruz. A ideia, segundo o vereador, é de que se evite realizar a cobrança de entrada no local, e tornar viável à iniciativa privada a venda de serviços e atrações no parque.
“Há vários exemplos Brasil a fora de parques que foram concedidos, se tornaram grandes atrações turísticas e se mantém a entrada gratuita. No Parque Ibirapuera (São Paulo), por exemplo, o visitante só paga o estacionamento se for de carro, o que contribui, inclusive, para o plano de mobilidade municipal, reduzindo os carros no trânsito e incentivando que a população opte por visitar o parque caminhando ou de bicicleta”, destaca.