Ricardo Gais
[email protected]
Nesta semana, novamente o consumidor brasileiro sofreu com mais um aumento que mexe diretamente no bolso de muitas famílias que utilizam veículos para se locomover. Já não bastasse o aumento na tarifa de energia elétrica, gás de cozinha, diesel, a gasolina ganhou um acréscimo significativo de 6,3%, ou seja, R$ 0,16 a mais por litro.
Conforme pesquisa realizada pelo Procon de Santa Cruz do Sul, o preço mais alto encontrado para o litro da gasolina comum foi no valor de R$ 6,29 em Rio Pardinho. O mais em conta estava em R$ 5,95, nos bairros Avenida e Várzea. Segundo a Petrobras, os reajustes acompanham a elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e derivados.
A estatal explicou que evita repassar de forma imediata os ajustes nos preços, mas busca o equilíbrio de seus valores com o mercado internacional e a taxa de câmbio. Já os valores finais, até chegarem nos clientes, são acrescidos de impostos, custos para a mistura obrigatória de biocombustível, margem de lucro de distribuidoras, revendedoras entre outros.
Para o professor Silvio Cezar Arend, subcoordenador dos Cursos de Ciências Econômicas e Relações Internacionais da Unisc, a política da Petrobrás é de alinhamento com o mercado internacional, acompanhando o preço do petróleo e também a variação cambial. “Como o petróleo é uma commodity, com grande volatilidade de preços, acaba refletindo internamente, com variação de preços dos combustíveis com maior frequência no mercado interno”, explicou.
Arend pontua que o alinhamento ao mercado internacional está gerando esta elevação nos preços praticados dentro do País. “Enquanto esta política não for alterada, continuaremos com as variações frequentes e os preços neste patamar”. O professor sublinha que, apenas haverá queda acentuada do preço da gasolina quando o valor do petróleo internacional tiver diminuição. “Assim teremos uma redução do preço interno dos combustíveis”.