O Internacional poupou os titulares no jogo de quarta-feira em Lajeado e colocou em campo um time muito fraco tecnicamente. Tanto que perdeu para o Lajeadense e chegou muito pouco ao gol do adversário nos 90 minutos de jogo.
Aí eu pergunto: Poupar pra quê? A Copa do Brasil que seria uma justificativa vai demorar mais de um mês pra começar… A desculpa da pré-temporada também não é suficiente se considerarmos que o clube tinha um jogo contra um bom adversário, fora de casa e até o alto valor que recebe da Federação para jogar o Gauchão.
Seria bom para o time pegar entrosamento, até por não ter contra o Novo Hamburgo e o Grêmio jogado um grande futebol. Foi erro de avaliação do Internacional, não sei se da direção ou se do técnico Dunga.
O Grêmio com os titulares, aproveitou para fazer moral com a torcida, adquiriu ritmo de jogo, cresceu na tabela e goleou o melhor time da competição até aqui, o São José.
É isso. Depois quando perdem o Gauchão, os grandes lamentam. Então, o certo é valorizar desde o início. Titulares em campo sempre, menos claro, quando tem dois jogos em 24 horas como aconteceu com o Grêmio que jogou quarta pela Libertadores e quinta pelo Gauchão.
Lições da vida
O caso do “Cabrito” não ensina nada de novo, apenas renova aquilo que estamos cansados de saber nesta profissão. Toda e qualquer notícia deve ser verificada e confirmada antes de ir ao ar.
Na ansiedade de fazer uma “graça” com o nome, fui levado a falar no Jornal do Almoço que o Grêmio estaria contratando o tal jogador e que se isso se confirmasse acabaria “estourando” em mim ali adiante, me referindo à maneira que muitos torcedores me tratam por brincadeira.
Fui traído pela vontade de brincar com coisa séria. Após 30 anos de carreira, os autores da “pegadinha” me levaram ao erro. No programa seguinte fui humildemente ocupar o meu espaço diário no mesmo programa para reconhecer o erro.
É norma na RBS não dar qualquer notícia sem que antes seja devidamente verificada. Assim, as contratações de jogadores só são anunciadas na RBS TV quando os contratos estão assinados. Claro que acontecem os tradicionais “furos de reportagem”, quando se tem certeza da notícia e leva ao ar antes de os dirigentes confirmarem.
Foi assim que anunciei 30 dias antes que o Internacional estaria contratando Rafael Moura, que fui à casa de Dunga entrevistá-lo como novo técnico do Inter, também 30 dias antes…Mas são casos e casos. Vamos esquecer o episódio Cabrito, e por favor, nem me chamem mais assim…