Ricardo Gais
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Os mais de 112 milímetros registrados na última quinta-feira, 28, em Santa Cruz do Sul, foi provocado pela precipitação intensa pelo transporte de ar quente e úmido de origem tropical, somados a presença de cavados (sistema alongado de baixa pressão), que contribuíram para a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical e de temporais. Essa é a avaliação do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Universidade do Vale do Taquari (Univates).
Conforme o NIH, o evento pode vir a ocorrer novamente. “Segundo os modelos meteorológicos, essas condições de tempo ainda perduram até metade dessa semana e podem provocar temporais isolados, com altos volumes pontuais e como estamos no verão, as chuvas são distribuídas de forma muito irregular, podendo sim ocorrer chuva com volumes maiores em um Município e em outro não”, disse Maria Angélica Cardoso, da equipe NIH.
O NIH credita as históricas enchentes devido o volume de chuva ter sido muito alto e um curto período. “As estruturas de escoamento ou de contenção não dão conta. Considerando também que em áreas urbanas há predominância de pavimentação asfáltica e concreto que dificulta a infiltração da água no solo, somados a questão de bueiros entupidos ou pelo descarte inadequado de lixo ou outros problemas que dificultam o escoamento rápido e eficaz, esses alagamentos e inundações são difíceis de evitar”, explicou.