Everson Boeck
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Com o objetivo de dispor no âmbito do município a gratuidade da tarifa no transporte coletivo urbano de passageiros aos integrantes da Polícia Militar, bem como do Corpo de Bombeiros, em trajes civis entrou em tramitação na última sexta-feira o projeto de lei Nº 38/L/2014. Conforme o autor da iniciativa, o vereador Elstor Desbessell (PTB), a proposição originou-se após a morte do policial Márcio Ricardo Ribeiro, de 42 anos, ocorrida dia 16 de outubro, em um assalto no interior de um ônibus em Porto Alegre. O soldado retornava para casa quando o coletivo foi invadido e um dos criminosos que atacaram o veículo seguiu em direção ao policial fardado e disparou 11 vezes contra ele. Seis tiros acertaram o colete à prova de balas.
Conforme Desbessell, a ideia é garantir maior segurança aos usuários dos coletivos, tanto os civis quanto os policiais. “Esta lei já existe em Porto Alegre e São Paulo e está sendo muito bem vista pelos policiais aqui na cidade. Não queremos que casos como esse ocorrido na Capital Gaúcha se repitam. Acredito que o projeto será aprovado pela Casa”, observa. De acordo com o projeto, será garantido aos policiais militares acesso ao transporte coletivo urbano gratuitamente mesmo quando não estiverem usando farda. A proposta vale tanto para integrantes ativos ou inativos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Para Desbessell, a iniciativa também vai assegurar maior segurança também para os demais usuários do serviço, além de minimizar riscos de ataques violentos aos servidores. “A legislação estadual assegura a isenção dos PMs e Bombeiros, mas vincula ao uso de farda nos ônibus, o que é um perigo para todos como vimos nesse episódio lamentável em Porto Alegre”, ressalta.
O capitão Fabio Vilnei da Silva Azevedo, subcomandante do 23° BPM da Brigada Militar, diz que a iniciativa do Legislativo é vista com “bons olhos” pela corporação. “O comando está atento e acompanhando com expectativa o assunto. É um projeto muito importante que, se aprovado, vai beneficiar os policiais, mas, sobretudo, a comunidade, além de permitir que o policial esteja menos exposto e não se torne um alvo fácil. Ele estando mais seguro consequentemente poderá dar mais segurança à população”, comenta.
Luana Ciecelski
Manifestação realizada dia 17 de outubro por policiais militares
em homenagem ao colega assassinado em ônibus na capital