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Polícia Civil faz protesto em busca de reajuste salarial

Ana Souza
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Visando o mesmo tratamento dispensado pelo Governo do Estado para o reajuste salarial dos Delegados de Polícia, os Agentes Policiais decretaram ontem, 21, e hoje, 22, uma paralisação em todas as Delegacias do Estado do Rio Grande do Sul, que encontram-se com atendimento parcial. Apenas as ocorrências mais graves estão sendo registradas pelos policiais e, em Santa Cruz do Sul, o atendimento está sendo realizado das 8h30min às 18h.
A ação é um protesto dos escrivães, investigadores da Polícia Civil e inspetores que buscam o reajustes salarial da categoria, em conjunto com o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm).
Conforme Orlando Brito Júnior, representante da Ugeirm em Santa Cruz do Sul, o ato busca sensibilizar o Governo do Estado para a aprovação da tabela de progressão salarial apresentada pelo Sindicato. Brito enfatiza que foram agendadas reuniões e apresentados números mas que estes foram insuficientes, em comparação ao percentual buscado pela categoria que reivindica R$ 8,3 mil para o início de carreira dos Delegados de Polícia e Agentes Policiais. Apenas foi aprovado reajuste salarial para os delegados e para os agentes os números foram menores do que a classe aguardava. Segundo o governo, uma nova proposta deve ser apresentada à categoria nos próximos dias.
Durante a paralisação – que faz parte da Campanha de Verticalidade –, com adesão de cerca de 4,5 mil agentes em todo o Estado, apenas casos de risco contra a vida serão atendidos, tais como homicídio, lesão corporal grave, estupro, latrocínio e sequestro. Não devem ser cumpridas atribuições de outros cargos da Polícia Civil, dando consequência – e ampliando – à Operação Cumpra-se a Lei em todas as delegacias do Rio Grande do Sul.
O presidente do sindicato, Isaac Ortiz, afirmou em matéria veiculada no site da Ugeirm que: “Esta paralisação será decisiva para o estabelecimento de salário na proporção certa para todos. Será o maior presente que a Ugeirm terá nos 32 anos de luta completados na terça-feira, 20. Queremos a tabela integral, sim, mas também propusemos zerar todas as negociações para que o governador Tarso Genro não repita, 20 anos depois, a tragédia que nos foi imposta em 1992 com a perda da verticalidade. É por isso que insistimos nas negociação”, acrescenta Ortiz.

Divulgação/RJ

Policiais Civis em Santa Cruz do Sul aderiram a
paralisação que acontece até o final da tarde de hoje, 22