Lucca Herzog – [email protected]
Quinta-feira, dia 4, ocorreu a abertura da nova exposição do santa-cruzense Luiz Alberto Werner, o Lula Werner. Disposta na Casa de Clientes da Gazeta, a mostra proporciona ao público uma retrospectiva da carreira do pintor, a qual já rendeu, por mais de 40 anos, obras que vão do impressionismo ao abstrato, do realismo ao surrealista. A ideia, segundo o artista, é mostrar a variação e a diversidade de estilos e temáticas pelas quais se pode transitar.
Em seu caso, o ecletismo é uma característica intrínseca. Lula afirma que enxerga um pouco de si em cada estilo plástico, em cada escola artística, e que, então, captar o que há de melhor em cada uma, e transformar isso em arte, é inevitável. “Eu acho que o artista tem que migrar pra várias situações”, comentou.
Atualmente, o pintor dedica-se ao estudo do realismo, para estudar a técnica e o desenho. “Eu entrei muito no realismo para aperfeiçoar a forma de expressão, a forma de pintar, trazendo esse hiper-realismo pras obras”, explicou ele, “porque a partir do momento em que eu começar a trabalhar novamente em outros estilos, já começo a captar coisas que antes não captava. A arte aprimora muito o olhar, aprimora a capacidade de absorver os detalhes”.
O impacto alentador das pinturas a óleo de Lula é sentido ao primeiro olhar, e com o ânimo e a variedade de sua exposição, ele levanta a reflexão: “Tu consegues ser, todos os dias, a mesma pessoa? Tens o mesmo temperamento? Usa a mesma roupa e as mesmas cores todos os dias? Por que somos obrigados a produzir sempre as mesmas coisas? A criação não tem limites. Se a criação não tem limites, por que as escolhas que fazemos em determinadas vias hão de ter?”
Os quadros da mostra estão à venda, e continuarão expostos na Casa até o dia 26 de maio. Esta edição prepara caminho, ainda, para uma extensa obra, de que Lula se orgulha muito: uma coleção de mais de trinta telas, com o tema das quatro estações.