Luciana Mandler
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O santa-cruzense Oliver Rusch Rothmund tem cinco meses. Apesar de ser tão pequeno já mostra que é um grande guerreiro. Desde os três meses vem lutando contra um tumor maligno raro localizado no pescoço, chamado de Rabdoide Extra-renal. Tudo começou quando no dia 18 de outubro do ano passado, Camila Rusch de Oliveira, mãe do menino, foi tirar sua roupa, pois estava um dia muito quente. “Quando tirei e alcancei ele para meu irmão, percebi um caroço nas costas dele”, conta. Imediatamente a família foi até o Cemai, pois Camila achava que tivesse deslocado Oliver.
Ao ser atendido, não houve um diagnóstico do que o menino teria, já que não sentia dor e também não tinha febre ou qualquer outro sintoma. Então foi encaminhado para atendimento no Hospital Santa Cruz, onde ficou internado por três dias. Lá, realizou ecografia e tomografia. “Não deram certeza do que se tratava, mas falaram em tumor”, recorda Camila.
Por se tratar de um bebê, com um caso grave, logo conseguiram transferência para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, no dia 21 de outubro. Somente no dia 9 de novembro do ano passado é que Camila e o marido Lucas Rothmund tiveram o resultado da biopsia do tumor, confirmando ser um câncer raro.
MORADIA E AUXÍLIO
Camila e Lucas moram no Bairro Faxinal, em Santa Cruz do Sul, no entanto, desde que iniciou o tratamento do pequeno Oliver, em Porto Alegre, a família precisou alugar um imóvel na Capital gaúcha, a fim de facilitar os deslocamentos, bem como as despesas. No entanto, não tem sido fácil.
Além das quimioterapias, Oliver precisa fazer injeções, consultas e exames. Para facilitar a logística, foi preciso se mudar. Atualmente, a família paga R$ 1,5 mil em aluguel – o mais barato encontrado próximo ao hospital. “Pois mais longe teríamos que pegar Uber e se tornaria mais cansativo e desgastante do que ir a pé, além do custo que também teríamos”, salienta. A família também tem despesa com luz e comida. Em Santa Cruz, ainda precisam manter água e luz, pois possuem cachorros e que estão sob cuidados de familiares.
Camila e Lucas precisam comprar um leite especial para Oliver, que custa R$ 499 cada lata. “Ele toma duas latas e meia por semana”, conta. “Estamos esperando ganhar pelo Estado. Enquanto não vem resposta, a Aapecan está comprando e nos dando”, completa.
Para auxiliar o casal e o pequeno Oliver, a família não mede esforços para que não falte alimento e todo o necessário. “Minhas primas fizeram várias campanhas e o Grêmio fez um almoço em prol do Oliver. Também foi realizada uma rifa. Está ainda ocorrendo um bazar, pois recebemos muitos prêmios para a rifa”, diz. “Outras pessoas ajudam depositando dinheiro em nossas contas”, acrescenta.
Embora Lucas, pai de Oliver, esteja trabalhando, nessa quarta-feira, 27, teve uma reunião na empresa onde trabalha para definir seu futuro. “Ele vai precisar sair. Uma, porque ele fica a noite toda com o Oliver no hospital e eu fico de dia. Como ele trabalha com internet na rua, sempre está em contato com outras pessoas. O Oliver não pode ter contato com muitas pessoas, pois a imunidade dele já é mais baixa. Não vamos colocar a saúde dele em risco”, avalia.
Da descoberta até o início do tratamento
Como Oliver é bebê, parte do tumor está localizado no pescoço e parte nas costas. A partir da descoberta da doença começaram os tratamentos. Primeiro colocaram port-a-cath (acesso para injetar as medicações e coleta de sangue). “Para não precisar picar o braço dele todo o dia e como o remédio da quimioterapia não pode ser em veias finas e precisa ser na veia central se colocou o port-a-cath”, explica Camila.
As ‘gotinhas de cura’, como foi carinhosamente chamada a primeira quimioterapia, ocorreu no dia 15 de novembro de 2020. Embora tenha sido um passo importante, Oliver apresentou intoxicação. “O corpo não conseguiu eliminar a toxina da quimioterapia, as células acabaram morrendo e entupindo as veias”, relata a mãe Camila.
Foram alguns altos e baixos. Oliver foi transferido para UTI devido complicações na sessão de quimioterapia, fez diálise, teve bactéria, precisou realocar o acesso para medicamentos para a virilha, teve apneia e depois de tudo isso, teve melhora no quadro de saúde, saiu da UTI e logo precisou retomar as quimioterapias, pois o tumor estava crescendo rápido demais.
Os rins, por sua vez, hoje estão funcionando bem. Depois de cada quimioterapia, Oliver recebe medicação para ajudar no funcionamento dos órgãos. Internado desde o dia 18 de outubro de 2020, a primeira alta do menino ocorreu no dia 8 de janeiro deste ano. “O tratamento dele é lento. Não tem datas certas, são só previsões, mas seguimos nesta luta”, finaliza.
CIRURGIA
Além do tratamento com quimioterapia, Oliver terá que passar por uma cirurgia para retirada do tumor e um transplante de medula. “Para realizar a cirurgia ele precisa terminar os seis ciclos da quimioterapia. Agora ele vai para a quarta. Já o transplante é depois da quarta ou quinta quimio”, sublinha.
Quem tiver interesse em ajudar a família, pode efetuar doações em dinheiro, com depósito nas seguintes contas:
NuBank – Banco: 260; Agência: 0001; Conta: 3139940-6; CPF: 032.884.290-71 (Lucas Rothmund).
Banrisul – Banco: 260; Agência:0340; Conta: 35.216603-01; CPF: 043.955.120-03 (Camila Rusch de Oliveira). Comprovantes podem ser enviados para o número (51) 9 9875-4454 (WhatsApp).