Ana Souza
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A manhã de sábado, 24, foi marcada pela fé e devoção ao Santo Guerreiro, São Jorge – Ogum para os umbandistas e candomblecistas. Para reverenciá-lo, o Templo de Umbanda Pai Ogum Beira-Mar e Mãe Oxum realizou uma carreata pelas principais ruas de Santa Cruz do Sul.
As homenagens ocorreram durante a semana com diversos momentos, entre eles alvorada festiva, entrega de marmitas para a comunidade carente, e live solidária com o Grupo Fissura e o músico Geison Queiroz, culminando com a 20ª edição da Carreata de São Jorge. As comemorações foram diferentes este ano em decorrência da pandemia da Covid-19. Devido a isso foram tomados todos os critérios determinados pelo decreto municipal e as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O trajeto saiu da sede do templo, localizada na Rua Cambará, 530, Esmeralda, e seguiu pelas ruas Avenida Euclides Kliemann, Carlos Swarowsky, Avenida Presidente Castelo Branco, Avenida Euclides Kliemann, Marechal Floriano Peixoto, Avenida João Pessoa, Tenente Coronel Brito, Capitão Fernando Tatsch, Marechal Floriano Peixoto, Avenida Euclides Kliemann, Rua Cambará e retorno ao templo. O evento contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Prefeitura Municipal, por meio dos agentes da Fiscalização de Trânsito.
Segundo o babalorixá Pai Antônio de Ogum, dirigente espiritual do templo, o objetivo foi rogar a São Jorge que interceda pela saúde da humanidade. “Foi um grande momento para reverenciar o Santo Guerreiro. Este ano, devido à pandemia, não tivemos a presença do caminhão com as baianas e todos os devotos permaneceram dentro dos veículos com os equipamentos de proteção. Pedimos saúde para todos”. À frente do trajeto vinha as bandeiras do Templo, do Brasil, Rio Grande do Sul e de Santa Cruz do Sul conduzidas pela Afubra; em seguida a imagem de São Jorge com o Corpo de Bombeiros; a de Pai Ogum Beira-Mar e a de Pai Oxalá.
Lembrando que São Jorge tem sua data em 23 de abril, morou na Capadócia, hoje Turquia. Nasceu em 275, era comandante do exército romano, e por ser defensor dos cristãos e ter sua fé em Jesus Cristo foi torturado e morto pelo império romano. A devoção ao Santo Guerreiro leva os fiéis a renderem homenagens e pedidos de força e proteção.