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PEDÁGIO: ATS faz segurança de praça desativada

Everson Boeck
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Everson Boeck

A empresa ATS, de Santa Cruz do Sul, foi contratada para fazer a segurança e desde o dia 31 d março deste ano atua no local todos os dias 19h às 7h

Desde que a praça de pedágio de Rio Pardo foi desativada, em julho do ano passado, o local tem sido alvo de vândalos e motivo de preocupação entre as pessoas que por ali trafegam. O período da noite é o mais tenso, pois não há energia elétrica e os condutores ficam com medo de assaltos e acidentes ao reduzirem a velocidade para passar no local. Porém, depois de muitas reclamações, a empresa Conterra, contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para fazer a manutenção do trecho na BR 471 entre os municípios de Santa Cruz do Sul e Pantano Grande, contratou a empresa Apoio Tático Serviços (ATS) para fazer a segurança à noite da praça desativada.
Em entrevista ao Riovale Jornal, o proprietário da ATS, Claudio da Cunha Santos, assegura que sua empresa encontrou as instalações do local em condições precárias. “Quando assumimos verificamos que tudo foi furtado: pias de banheiros, vasos sanitários, portas, janelas, grades, azulejos foram arrancados, fios de energia elétrica foram levados, tampas de cimento que tapavam bocas-de-lobo. É um ponto de baderna, também usado como motel. Não levaram as paredes e dois cofres chumbados no chão porque não conseguiram”, explica.
Segundo Santos, a ATS contratou, por conta própria, um eletricista para tentar restabelecer a energia, mas os terminais estavam muito danificados. “Como tudo foi roubado e o que não pôde ser levado foi quebrado, o eletricista não consegue fazer a ligação novamente. Agora depende da AES Sul, porque até os fios que vão dos postes até o prédio foram roubados”, lamenta.

Arquivo/ATS

Quando assumiu a segurança do pedágio desativado, empresa fez fotos que comprovam a precariedade da estrutura

Estrutura danificada aumenta a falta de segurança

A ATS foi contratada para fazer a segurança do pedágio e manter o patrimônio – ou o que resta dele. Conforme o proprietário da ATS, há seguranças de segunda a segunda das 19h às 7 horas da manhã na praça. “Desde que assumimos o trabalho, limpamos uma sala onde funcionava a tesouraria e a estamos usando para guardar alguns objetos utilizados pelos nossos funcionários à noite. Esta é a única sala da qual não danificaram a porta porque ela é de ferro e não conseguiram roubá-la. Também fizemos a limpeza de outras salas para serem ocupadas pelos seguranças. Tudo foi feito por nossa conta!”, frisa.
De acordo com Santos, a falta de estrutura é um dos maiores problemas. “Não há água nem luz. Compramos um gerador de energia para tentar amenizar a situação, mas é inviável devido ao alto custo – e isso não está no contrato. Então estamos utilizando lampiões e lanternas com luzes de LED. As luzes que as pessoas têm visto nas últimas semanas são os seguranças”, comenta.
“As pessoas de bem dificilmente vão parar ali à noite. Esta atitude, na maioria das vezes, é alguém com más intenções e os seguranças estão orientados a apontar a luz para qualquer veículo que parar no pedágio ou pessoa que se aproximar. Não há mais cobrança, logo não há porque parar ali, principalmente à noite”, esclarece.

Assalto evitado
O proprietário da ATS relatou que um dos seguranças conseguiu evitar um crime de assalto há algumas semanas. “Um caminhão se aproximava do local e dois carros vinham acompanhando-o em velocidade cada vez mais baixa. Quando o caminhão parou, os carros ‘fecharam’ o veículo. Um dos seguranças apontou a luz para a movimentação e perguntou em voz alta o que estava acontecendo. Os dois carros saíram em alta velocidade. Depois, conversando com nossos funcionários, o motorista disse que ia ser assaltado se não fosse a atuação dos seguranças”, ressalta. Segundo Santos, a Polícia Rodoviária Federal afirma que das vezes em que compareceu no local comprovou a presença dos seguranças. “Isso está comprovado, inclusive, em registros de ocorrência”, garante.

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Ao anoitecer, os seguranças já estão no local que é alvo de vândalos e motivo de preocupação dos motoristas

Impasse sobre o destino da praça

Várias são as especulações sobre o destino da praça desativada. Uns dizem que a estrutura será derrubada, outros que poderá ser destinada a um órgão público, como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal ou o Dnit. Certeza não há nenhuma e enquanto o impasse não é resolvido os problemas se agravam.