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Patrulha Maria da Penha realiza ação social

Patrulha Maria da Penha está solicitando material de higiene e de estética. Doações podem ser entregues na sede do 23º BPM em Santa Cruz do Sul – foto Tiago Mairo Garcia

Tiago Mairo Garcia
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Com o objetivo de comemorar os 14 anos da criação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, a Patrulha Maria da Penha do 23º Batalhão de Polícia Militar Major Sebastião aliou-se a campanha “Caixa Lilás” de combate à violência doméstica com a realização de uma ação para auxiliar vítimas em situação de vulnerabilidade social.

Conforme o coordenador da Patrulha Maria da Penha, capitão Rafael Carvalho Menezes, a ação busca arrecadar itens de necessidade básica de higiene. Estão sendo arrecadados absorventes, desodorantes, lençóis, toalhas de pano, toalhas de papel, sabonete e shampoo. A guarnição também está aceitando doações de produtos de estética facial como maquiagem e batons. “São produtos importantes que auxiliam a mulher vítima de violência doméstica a elevar a sua autoestima pessoal ao ter a oportunidade de se arrumar e se embelezar”, destacou o coordenador. As doações serão destinadas para mulheres da rede de proteção em situação de vulnerabilidade e que residem no abrigo feminino da casa de passagem.

As doações podem ser entregues até o dia 31 de agosto na sede do 23º BPM, situada na Rua Galvão Costa, Nº 44, Centro, em Santa Cruz do Sul, e na sede do batalhão da Brigada Militar de Venâncio Aires.

Ao avaliar os números da violência doméstica contra a mulher no primeiro semestre de 2020 em Santa Cruz do Sul, Menezes salientou que foram registrados 363 casos, 25 a menos que o mesmo período de 2019 quando ocorreram 388 casos. Ele destaca que o principal fator para a queda nos índices é o trabalho preventivo realizado pela Patrulha Maria da Penha durante o período de pandemia. “Enquanto que em outras regiões do Estado e País foram registrados aumento dos casos, nós tivemos uma redução de 7%. Esse dado é reflexo do trabalho preventivo com aumento da vigilância durante a pandemia para atender as mulheres que integram a rede de proteção”, salientou.

Porém, a Patrulha Maria da Penha constatou neste período um aumento de casos de violência familiar com situações de agressão física envolvendo pais e filhos. Menezes explica que esta situação é definida como violência ascendente com a maioria dos casos motivados pelo uso de entorpecentes e alcoolismo. “Temos observado um aumento nos casos de violência familiar contra mulheres, adolescentes e crianças. Já estamos estudando e avaliando caso a caso para entender este fenômeno e realizar ações preventivas necessárias”, finalizou Menezes.