Luciana Mandler
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Na igreja luterana, o pastor é responsável por zelar a igreja e oferecer conforto e direcionamento espiritual aos fiéis da comunidade religiosa de cunho evangélico. Além da vocação, ele precisa se preparar para a função, esta, muito bem desempenhada pelo pastor Márcio Arthur Trentini, que se despede neste mês de Santa Cruz do Sul.
Natural de Teutônia, o pastor atuou na Comunidade Evangélica Centro desde agosto de 2012, ou seja, quase nove anos. Trentini deixa o Município ao lado da esposa Vivian e do filho mais novo, Gustavo, para assumir uma comunidade na Alemanha.
A oportunidade surgiu, pois, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) tem um convênio com a Igreja da Baviera, e isto inclui intercâmbio de pastores e pastoras. “No fim do ano passado, a IECLB publicou uma vaga para este intercâmbio”, recorda. “Enviei meu currículo e fui um dos três selecionados. Estes três foram entrevistados pela Igreja da Baviera, sendo que eu fui o escolhido”, comemora. “Por fim, fui também entrevistado por lideranças das Comunidades de Kohlberg e Weiherhammer, e aprovado por unanimidade para ser o pastor naquelas comunidades”, completa.
Até o fim do mês, o pastor, ao lado da esposa que é diácona na comunidade e professora de Ensino Religioso no Colégio Mauá, e o filho Gustavo, deixam Santa Cruz do Sul e ficam à disposição da Igreja da Alemanha para viajarem assim que a pandemia permitir. O filho mais velho, Arthur, ficará morando em Porto Alegre, onde irá cursar faculdade.
Conforme conta o pastor, a esposa e os filhos o apoiaram desde o início, “mesmo sabendo das mudanças que tudo isso irá implicar”, diz. “Estamos todos felizes com esta oportunidade. Os demais familiares inicialmente ficaram tristes, pois somos naturais de Teutônia e não vamos mais estar tão próximos, mas também entenderam e apoiaram”, acrescenta. “Agora já estão fazendo planos para nos visitarem nos cinco anos que vamos estar lá”, finaliza.
Para encerrar, o pastor Márcio destaca a receptividade ao longo destes anos em Santa Cruz. “Fomos muito bem recebidos. Fizemos muitas amizades e nos integramos muito bem por aqui”, sublinha. Sobre a marca que a comunidade deixa, o pastor enfatiza que a Comunidade Evangélica Centro tem muitas pessoas queridas e que são dedicadas, envolvidas no trabalho e no testemunho da vivência do Evangelho.
“Todos os grupos têm trabalhos muito legais”, aponta. “Também o relacionamento ecumênico é muito forte e bonito. Mas um trabalho que conheci aqui e sempre mexeu muito comigo, por refletir muito a essência da fé cristã: o trabalho diaconal do projeto ‘Alegria e Esperança’. Infelizmente, por causa da pandemia ele está parado, mas espero que possa ser retomado e que as mulheres que o coordenam possam sempre ser animadas por Deus e apoiadas por toda a comunidade para que ele se mantenha por muito tempo”, conclui.