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Páscoa: venda é menor com restrições da bandeira preta

Atual cenário na saúde devido à Covid-19 faz com que procura seja pequena. Expectativa é que haja melhora próximo à data

Luciana Mandler
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Expectativa é que comercialização de chocolates
melhores mais próximo da data. – Foto: Rolf Steinhaus

Depois do Natal e dos festejos de fim de ano, em que o comércio cria expectativa em relação às vendas, a próxima data que prometeria fomentar a economia é a Páscoa, que ocorre no dia 4 de abril. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, onde o Estado encontra-se em bandeira preta, e com diversas restrições, fica difícil o setor projetar de forma positiva o incremento nas vendas.

O governador Eduardo Leite proibiu a venda de produtos não essenciais nos estabelecimentos e supermercados. Embora os chocolates possam ser comercializados nos mercados por serem considerados alimentícios, a restrição no número de pessoas para adentrar nos locais faz com que também haja redução na venda de forma geral.

Conforme a gerente de marketing do Miller Supermercados, Eliza Trinks, desde o dia 1º de março, o estabelecimento já está com produtos voltados para a Páscoa, são ovos, barras de chocolate, cestas, enfim, diversas opções.

Como a recomendação é de não sair de casa, somente em casos realmente essenciais, e que se solicita para que apenas uma pessoa por família adentre no mercado, acaba tendo menos movimento. Ainda não se sabe qual será o prejuízo para esta Páscoa, mas há a certeza que menos chocolates serão vendidos. “Pois antes os pais vinham e traziam os filhos, que escolhiam o que levar. Agora, com a solicitação de que apenas uma pessoa entre por família, se reduz as compras. O pessoal tem levado realmente o essencial”, reflete.

Além disso, o Miller Supermercados tem o aplicativo, em que os clientes efetuam suas compras e o mercado realiza a entrega. O que também faz com que as pessoas comprem itens que precisam. Com o momento exigindo cuidados, enquanto houver bandeira preta, as unidades do Miller Supermercados não vão abrir aos domingos.

LOJA DE CHOCOLATE

No estabelecimento Chocolates Brasil Cacau, a expectativa para esta Páscoa não é tão boa quanto poderia devido à bandeira preta. Por enquanto, a procura está calma segundo Rafael Lau, sócio-proprietário da loja. “Sabemos que o pessoal deixa para a última hora. Mas estarmos restritos apenas para as vendas por tele-entrega, o que dificulta nosso trabalho”, lamenta. Para não ter um impacto tão negativo, o empresário diz que as redes sociais estão sendo muito usadas para divulgar os produtos que estão disponíveis para a data. “Além disso, temos divulgado e pedido para que os clientes antecipem suas compras para também evitar que próximo da data tenha aglomeração”, salienta.

Uma forma de atrair os consumidores é proporcionar a tele-entrega gratuita para clientes de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz. “Estamos com todos os produtos na loja e o pessoal pode solicitar pelas nossas redes sociais. Mas por experiências anteriores, a tendência é que nos últimos 15 dias que antecedem a Páscoa, se intensifique a comercialização de chocolates”, aponta.

Para o empresário, há esperança de que após o dia 21 de março, o governador Eduardo Leite volte a liberar a cogestão, e assim, o Município possa seguir as regras da bandeira vermelha, o que possibilita ao comércio abrir com as devidas restrições de segurança.

O QUE É ESSENCIAL

São considerados itens essenciais e podem ser comercializados produtos de alimentação, saúde e higiene. Também estão liberados materiais para preparo e armazenamento de comida, como panelas, potes e utensílios de cozinha. Além disso, itens de necessidade inadiável como velas, isqueiros e fósforos e lâmpadas também estão com a venda liberada.