Celebramos, neste final de semana, a maior festa da cristandade. Em verdade, é a festa que dá identidade ao cristianismo, ou seja, a celebração da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nenhuma pessoa pode, em sã consciência, se declarar cristã, sem professar a fé em Jesus Cristo que morreu e ressuscitou. Só quem é capaz de professar que o mesmo Jesus de Nazaré, que “padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado” também “ressuscitou ao terceiro dia”, pode se considerar membro da Igreja Católica.
Antes da Páscoa, muitas pessoas enfermas receberam a visita do padre em suas casas. Com esta visita muitas delas se reanimaram na esperança de uma Páscoa feliz ao receberem o perdão dos pecados e o pão da eucaristia. Para os padres que realizaram a visita, foi o encontro com o rosto sofredor de Cristo que se encontra nos doentes e idosos, além do encontro com as pessoas abnegadas que se dedicam ao cuidado dos enfermos.
Muitas pessoas também aproveitaram o período da quaresma para buscarem a reconciliação, através do sacramento da confissão. Além de buscarem o perdão para os seus pecados, estas pessoas também assumiram o compromisso de dar o perdão a aqueles que os ofenderam e machucaram. O texto inspirador para muitas celebrações foi a parábola do Pai de Misericórdia, mais conhecida entre nós, como a parábola do Filho Pródigo.
Em todo tempo esteve presente o tema da Campanha da Fraternidade, com o desafio de despertar as comunidades a terem atitudes de acolhida para com os jovens. Junto com isso também veio o desafio de motivar os jovens a se colocarem a serviço da causa do Reino de Deus, respondendo com o profeta Isaías: “Eis me aqui, envia-me” (Is 6.8).
As celebrações da Semana Santa, particularmente do Tríduo Pascal, formam um grande conjunto, a começar pela Missa da Santa Ceia na quinta-feira de noite. O ideal é as pessoas participarem da celebração da Santa Ceia na quinta-feira de noite, da celebração da Paixão na sexta-feira e da Vigília Pascal no Sábado Santo ou da missa da Ressurreição no domingo.
Com a Páscoa, a notícia que corre o mundo é: “porque procurais entre os mortos aquele que está vivo”? O cristão é alguém que não fica lamentando o túmulo vazio, mas alguém que sai pelo mundo a anunciar a alegre notícia da Ressurreição. Este anúncio é feito através de palavras e, principalmente, através do testemunho. Aproveitemos, portanto, o tempo da graça que estamos vivendo com o Ano da Fé, para nos fortalecer na fé e animar na esperança, através das celebrações do Tríduo Pascal.
A todos desejo uma abençoada e feliz Páscoa, na certeza de que, ao final de tudo, a vida é que irá triunfar sobre a morte.
Dom Canísio Klaus – Bispo Diocesano