Dom Canísio Klaus*
No penúltimo domingo de outubro, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial das Missões. É um “dia especial para os católicos renovarem o compromisso com a evangelização do mundo. Dia de oração e de conscientização da importância do anúncio de Cristo a todos os povos da terra. Também dia de coleta de ofertas e doações para alimentar o Fundo Universal de Solidariedade, destinado a sustentar a atividade missionária da Igreja em todo o mundo” (Pontifícias Obras Missionárias, 2012).
Junto com o Dia Mundial das Missões, a Igreja Católica no Brasil faz de outubro o Mês das Missões, propondo um tema específico para ser aprofundado em cada ano. Em 2012, o tema motivador é: “Brasil missionário, partilha tua fé”. Com isso “se pretende evidenciar uma realidade pouco conhecida: a presença atuante de missionárias e missionários brasileiros em todos os continentes”, o que representa uma grande riqueza para a nossa Igreja, associada ao convite para intensificar esta presença junto aos irmãos e irmãs que ainda não conhecem Jesus. Inclusive aqui da nossa região, são diversas as pessoas que estão atuando nas missões da África, do Oriente Médio, da Ásia, América Central e Oceania. A exemplo do apóstolo Paulo, elas se deixaram envolver por Jesus Cristo, a ponto de compreender que anunciar o evangelho não é gloria, mas “uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho” (1 Cor 9,16). A estas pessoas acrescentamos aquelas que estão nas missões da região amazônica, entre as quais citamos os dois padres da Diocese (Nelson Beuren e Clécio Henckes) e as duas missionárias leigas (Inês Pappen e Neli Miorando) que estão trabalhando na Igreja Irmã de Sinop, mais especificamente nos municípios de Terra Nova do Norte e Matupá, junto com Dom Gentil Delázzari.
No Dia das Missões também não podemos esquecer as pessoas que estão ocupadas em levar o evangelho aos grupos que tem pouco vínculo com a Igreja. “Às vezes são jovens; outras vezes pessoas vivendo na periferia de nossas cidades, intelectuais, artistas, políticos, formadores de opinião, trabalhadores com grande mobilidade, nômades, etc” (DGAE, nº 78). Na expressão da Conferência de Aparecida, são estes “os novos areópagos” onde é preciso semear os valores evangélicos (DA, 491).
Movido pelo espírito missionário sobre o qual se edifica a Igreja, renovo o convite a todas as pessoas batizadas na fé católica, a que abracem a causa das missões. Vamos partilhar a nossa fé, anunciando o Evangelho no meio onde vivemos e apoiando as pessoas que estão nas frentes de missão.
Rezemos: “Ó Deus, derramai a vossa bênção sobre a obra da evangelização. Acompanhai vossos missionários e despertai em nós maior solidariedade na partilha da nossa fé com todos os povos, construindo o vosso Reino. Isto vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém”.
*Bispo Diocesano