Ricardo Gais
[email protected]
Após registar no início deste ano os piores números da Covid-19, a pandemia começa a mostrar uma leve melhora nos indicadores de morte, internados, pacientes em isolamento e novos casos confirmados. Em Santa Cruz do Sul, esse cenário já é visível, no entanto, o cuidado é essencial para diminuir ainda mais os números.
A secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, avalia o cenário da pandemia como um momento de recuperação em relação à velocidade de contaminação. “A situação parece estar estável, mas não em queda”, conta. Ela lembra que devido à chegada de dias frios, a tendência é que aumente os sintomas respiratórios, que não necessariamente são resultado da contaminação por Covid-19.
Outro fator que contribui para a melhora nos índices da pandemia é a vacinação, apesar de avançar em ritmo lento. “O número de vacinados até o momento pode ser considerado bom. No entanto, temos capacidade para vacinar mais pessoas. Isto só não acontece, pois as remessas são menores do que esperávamos”, pontua Dumke. A secretária enfatiza que uma lista nominal será enviada pelo Governo do Estado para que seja feita uma busca ativa das pessoas que ainda não tomaram a segunda dose.
Analisando os números registrados da Covid-19 em Santa Cruz, atualmente eles apontam uma média de dois óbitos diários, 60 pessoas em isolamento domiciliar e internados, se comparado com o início do mês de abril, quando era uma média de 90 internados, 150 em isolamento domiciliar e de três a cinco mortes diárias. Essa diminuição nos registros aponta um período de estabilidade.
NO RIO GRANDE DO SUL
Conforme dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul (Arpen/RS), o Estado registra, pelo segundo mês consecutivo, mais óbitos do que nascimentos, desde o início da pandemia de Covid-19. Até a última sexta-feira, 30, foram registrados 10.884 óbitos e 10.218 nascimentos, uma diferença de 666 óbitos a mais do que nascidos vivos.
A Arpen aponta que a queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos no Estado vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou com o novo coronavírus. Em janeiro de 2020, essa diferença era de 5.013 registros de nascimentos a mais. No mês de março, auge da pandemia, o Estado registrou o primeiro mês, após 18 anos, mais óbitos que nascimentos e o recorde negativo em sua história, com 3.905 óbitos a mais, desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), começou a registrar esses números.