Muito embora, o aspecto frondoso e fresco da Rua Marechal Floriano, no centro de Santa Cruz do Sul, ofereça conforto e uma sensação de cobertura natural, existem vários riscos que não estão sendo analisados corretamente pelas autoridades e/ou responsáveis pela conservação urbana. Em primeiro lugar, por bonito que seja, o crescimento das tipuanas chegou a um ponto que ameaça edificações, linhas de alta tensão, linhas telefônicas e operadoras privadas que fornecem serviços aos moradores e comerciantes da principal via da cidade. Morcegos foram detectados nas tipuanas, além de ninhos de pássaros de mais diversas espécies. Porém, é o estado das tipuanas, florestalmente escrevendo, é que dispara o alerta: 80% dos troncos desta árvores, na Mal. Floriano, estão ocos, apodrecidos e tomados por parasitas que reduzem a sua capacidade de sustentação. Colegas, agrônomos e florestais, poderiam atestar facilmente o fato, de que muitas árvores estão em situação instável e prontas a cair, escorando-se nos imóveis e arrastando as instalações elétricas, telefônicas e outras. Uma vez produzido o dano, a Prefeitura Municipal, será acionada e indenizará, seguramente sob sentença judicial, todos os prejuízos decorrentes dos danos pela queda de árvores. Acreditamos, sempre, que é melhor prevenir e podar as árvores, aliviar a carga de galhos e folhas, diminuir a altura das tipuanas, rápido, e antes de lamentar acidentes e perdas humanas e materiais. As tipuanas, aquelas que apresentam estado de instabilidade, é melhor retirá-las. O “túnel verde” é lindo, pode ser marca registrada de Santa Cruz do Sul mas, hoje, é uma armadilha latente pairando sobre pessoas, edificações e veículos. Vale a pena pensar… ou escolher quem está disposto a pagar a conta.
*Engenheiro Civil
