A existência de diversos tipos de solos, tanto pela origem das rochas formadoras e de sua composição, mas, que aos nossos olhos identificamos dos arenosos aos mais argilosos. Os diferentes tipos de solos estão sob diferentes situações climáticas, como, também, diferentes situações geográficas. Quando falamos em CONSERVAÇÃO DO SOLO, estamos falando da forma como é utilizado para produção de alimentos, considerando a qualidade da água, pois este é o grande filtro desta e também um grande reservatório, considerando também como reservatório de nutrientes orgânicos e minerais e como meio de vida de micro-organismos.
As práticas de conservação do solo visam basicamente:
a – Proteger o impacto das gotas de chuva no solo e evitar o escorrimento excessivo que dá origem a erosão laminar do solo. Esta proteção visa a infiltração da água no solo.
b – O aumento do teor de matéria orgânica do solo, consequentemente, aumentando sua capacidade de armazenamento da água da chuva, reduzindo o escorrimento superficial e a erosão laminar.
c – Solo bem estruturado pela diversidade de espécies cultivadas aumenta a ciclagem de nutrientes que alimentam os micro-organismos decompositores da matéria orgânica, tanto pelas raízes quanto pelas folhas e caules que se decompõem na superfície do solo.
Nesse dia 15 de abril, intitulado Dia da Conservação do Solo, para todo e qualquer tipo de solo, é importante lembrar de algumas práticas que devem ser usadas por todos que produzem alimentos:
1 – Manter o solo sempre com cobertura verde, intercalando cultivos comerciais com plantas recuperadoras de solo como crotalárias, ervilhaca, mucunas, aveia preta e outras espécies;
2 – Sistematização e construção de terraços e cultivo em nível das lavouras, para reduzir o escorrimento excessivo da água das chuvas;
3 – Proteção de fontes de água com cercamento para evitar a entrada de animais e o reflorestamento destas;
4 – Conservar área de floresta legal e áreas de preservação permanente;
5 – Evitar o cultivo em áreas de app (áreas de preservação permanente), como áreas muito declivosas, áreas de beiras de rios e arroios, respeitando a distância mínima do leito destes;
6 – Plantio direto ou cultivo mínimo para os cultivos anuais;
7 – Buscar a orientação de profissionais capacitados.
Marco Antonio Dornelles – engenheiro agrônomo e vice-presidente da Afubra