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Operação recolhe armas, drogas e objetos de presos

Everson Boeck
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Ao amanhecer desta segunda-feira, 20 de janeiro, 180 homens da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), em conjunto com a Brigada Militar (BM), estiveram envolvidos em uma operação que recolheu objetos no Presídio Regional de Santa Cruz (PRSCS). Com os 200 apenados revistados foram encontrados cerca de 272 itens entre celulares, baterias e carregadores de celulares, fones de ouvido, armas brancas artesanais (facas e estoques), drogas, chips e cartões de memória avulsos.
A ação começou às 5h45 quando os policiais iniciaram a revista das galerias A e B do Presídio. Conforme o Chefe de Segurança do PRSCS, Marcos Amaral do Santos, além de ser uma atividade de rotina, a operação foi motivada por uma denúncia, feita há uma semana, de uma possível fuga em massa. “Após recebermos a informação, os agentes vistoriaram uma das celas e perceberam que os presos haviam começado um buraco por onde fugiriam. Acionamos a 8ª Delegacia Penitenciária Regional, a qual articulou a operação com a equipe de inteligência da Susepe, a BM, o Grupo de Operações Especiais da Susepe e o Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Porto Alegre”, relata.
O material recolhido pode ter sido repassado aos presos de diversas formas. Conforme Santos, uma das possibilidades é que uma das laterais do prédio que não possui muro. “Pessoas podem ter aproveitado algum momento em que o local não estava sendo vigiado e alcançado os objetos aos apenados, como serras, bebidas alcoólicas, drogas, entre outros. Outra hipótese é que o presídio foi construído abaixo do nível da rua. Seguidamente objetos são atirados no pátio. Às vezes, quando são jogados no telhado ainda conseguimos recolher”, esclarece.
Este tipo de operação deve acontecer a cada cinco ou seis meses, mas, devido ao baixo número de efetivos e a falta de recursos, a última foi realizada há mais de um ano, no dia 15 de janeiro de 2013. “Além disso, é preciso a disponibilidade de muitos policiais, carros e estrutura. É uma operação bem complexa”, explica o Chefe de Segurança do Presídio. A operação também contou com a colaboração do Corpo de Bombeiros.
O delegado titular da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), Anderson Paulo Louzado, sediada em Santa Cruz do Sul, explica que o material apreendido fica retido na Delegacia de Polícia Civil. “As drogas são incineradas e os aparelhos celulares, em alguns casos, são utilizados em investigações. Os estoques ficam na casa prisional e depois são descartados”, informa. O delegado também destaca o sucesso da operação. “Estou em Santa Cruz do Sul há aproximadamente três anos e já realizamos mais de 40 operações como esta na região. Felizmente nunca tivemos incidentes graves e isso se deve à dedicação dos policiais envolvidos de todas as polícias”, ressalta.

Fotos: Everson Boeck

Com os 200 apenados revistados foram encontrados celulares, baterias e
carregadores de celulares, fones de ouvido, armas brancas artesanais,
drogas, chips e cartões de memória avulsos


A ação, que começou às 5h45, consistiu na revista das galerias A e B do Presídio