Vinte pessoas suspeitas de participar de um esquema de adulteração de leite foram presas ontem, 19 de agosto, em cidades catarinenses e gaúchas, como parte de ação conjunta do Ministério Público (MP) de Santa Catarina, das polícias Civil e Militar do estado, da Secretaria Estadual de Fazenda e do Ministério da Agricultura.
Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em unidades industriais, residências e propriedades rurais em sete cidades do oeste e extremo oeste de Santa Catarina e do noroeste gaúcho.
Batizadas de Leite Adulterado 1 e Leite Adulterado 2, as operações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Chapecó (SC) resultaram na prisão de pessoas ligadas a duas empresas localizadas nos municípios de Lajeado Grande, Ponte Serrada e Mondaí, em Santa Catarina, e Vista Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo o Ministério Público, as investigações começaram em abril e estão focadas em empresas de laticínios, unidades resfriadoras e transportadoras de leite. A suspeita é que funcionários e empresários estejam adulterando o leite destinado ao consumo humano, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo o valor nutricional.
“A maioria dos laticínios investigados contém produtos químicos, principalmente o formol”, destacou o promotor Cyro Guerreiro, que participou das operações. Guerreio informou que o leite contaminado foi distribuído em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
“Não podemos divulgar ainda o nome das empresas envolvidas nem das pessoas presas, porque as investigações continuam”, disse. Segundo o promotor, o Ministério Público não pode dizer se o produto contaminado chegou à mesa do consumidor. “Quem está rastreando isso é o Ministério da Agricultura. Nós estamos apurando as responsabilidades na esfera criminal”, explicou.
O Ministério da Agricultura informou que o relatório com os detalhes da investigação será divulgado ainda hoje, 20.