Divulgação/Polícia Federal
Guilherme Athayde
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A Operação Emendafest, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares para o Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, teve mais um desdobramento no último sábado, 15. A direção da casa de saúde decidiu encerrar o contrato com a empresa ACF Intermediações, que realizava o serviço de captação de recursos e foi um dos alvos da ação da PF.
Os policiais cumpriram, na quarta-feira passada, 13 mandados de busca em Brasília e em cinco cidades gaúchas, inclusive Santa Cruz, resultando na apreensão de mais de R$ 160 mil em dinheiro e dois celulares. A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A suspeita é que um grupo criminoso teria desviado para si 6% dos valores destinados ao Hospital Ana Nery, oriundos de três emendas parlamentares que somam mais de R$ 1 milhão. O esquema teria sido negociado por um assessor do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), Lino Furtado, que trabalha com o parlamentar desde 2016 e na tarde de ontem ainda não havia sido afastado do gabinete, onde recebe mais de R$ 17 mil mensais de salário, segundo o site da Câmara dos Deputados.
Em nota à imprensa, o Hospital Ana Nery afirmou ter encerrado o contrato com a captadora de recursos para zelar com o compromisso de transparência, ética e responsabilidade da instituição. Na sexta-feira, 14, a direção do hospital havia concedido entrevista coletiva, onde anunciou total apoio às investigações da PF.
Confira a íntegra da nota da casa de saúde: “O Hospital Ana Nery informa que, ao tomar conhecimento dos fatos apurados na Operação Emendafest envolvendo a empresa ACF Representações e Intermediações de Negócios, como medida inicial, decidiu pela imediata rescisão do contrato firmado com esta empresa. Esta primeira medida foi tomada com o compromisso de zelar pela transparência, ética e responsabilidade na gestão da instituição”.
