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Obras e Infraestrutura: Edmar Hermany destaca as ações realizadas

Secretário de Obras e Infraestrutura Edmar Hermany – Crédito: Tiago Mairo Garcia

Tiago Mairo Garcia
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“Sou um fanático pelo Município de Santa Cruz do Sul”. É com essa paixão que o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Edmar Hermany, destaca o trabalho que vem sendo realizado à frente da pasta nestes primeiros seis meses de governo liderado pela prefeita Helena Hermany e pelo vice-prefeito Elstor Desbessell. Natural de Formosa, no interior de Vale do Sol, o secretário, que é afilhado e sobrinho do ex-prefeito Arno Frantz (já falecido), formado em Técnico em Contabilidade e Direito, sendo advogado laureado e jubilado pela OAB e que possui larga experiência na vida pública após exercer sete mandatos como vereador, um como prefeito entre 1993 e 1996, e de ter trabalhado como diretor de obras do Estado, no governo Antônio Britto, destaca as ações que já foram realizadas, as dificuldades causadas pelas enxurradas registradas no início do ano e os projetos que já iniciaram visando proporcionar um Município cada vez melhor aos santa-cruzenses que residem na cidade e interior.

Riovale Jornal – Como foi o início do trabalho na Secretaria de Obras e Infraestrutura?
Edmar Hermany: Pegamos uma secretaria que estava com equipamentos pesados sucateados. Levamos quase cinco meses para colocar em operação. Tudo que nós precisávamos, de maior custo, estava no “cepo”. Peguei uma secretaria onde tivemos que recuperar mais de 60% dos equipamentos pesados e isso representa grandes custos e licitações que estão em andamento até hoje para aquisição e reformas de máquinas.

RJ – O primeiro desafio foi atender os prejuízos causados pelas enxurradas registradas em janeiro e fevereiro. Como foi esse trabalho?
Edmar: Tivemos a infelicidade de ter, no dia 28 de janeiro, uma chuva com 311 mm e, em fevereiro, tivemos outra chuva com 258 mm, sendo um caos que representou uma demanda que temos até hoje. Tivemos 1.568 pedidos de intervenções registrados de obras difíceis de canalização por fazer, de obras construídas em cima de sangas e arroios. Temos que fazer a nossa meia culpa, da Secretaria de Planejamento, que cabe a ela liberar as plantas, e como não há legislação vigente, os vereadores precisam estar atentos e se preocupar em fazê-la. Desses pedidos, conseguimos resolver até quinta, 17, um total de 354 problemas, e cada vez mais vêm surgindo novos problemas que precisam ser resolvidos. Já estivemos em 26 locais onde foram registrados desmoronamentos, que tivemos que fazer aterros de contenção e já cumprimos 50% dessas demandas. Tivemos com essas enxurradas, 83 ruas para patrolamento, das quais, já patrolamos 98, sendo três vezes a mesma rua.

RJ – Quais outras ações que foram realizadas até o momento?
Edmar:
Já fizemos mais de 5 mil metros quadrados de calçamento que estava danificado nas vias, oito ruas novas e pavimentações por parceria e ontem foram definidas todas as ruas que serão asfaltadas no primeiro ano e todas as ruas que vão receber parceria, que quando estiver 100%, nós podemos começar. Não é o caso das ruas no Vale do Nazaré, Arroio Grande, Esmeralda, São João, Santo Inácio, Linha Santa Cruz, que estão no plano e nos projetos de calçamento. Agora, toda rua que vai ser asfaltada precisa ser paga pelo contribuinte através da contribuição de melhoria, e toda a rua e projeto passam com aval da Câmara de Vereadores. Além disso, a prefeita deu autorização para início da obra para interligação da RSC-287 até a Linha João Alves, a Travessa Leopoldina, com a obra iniciando na próxima segunda-feira. Foram iniciadas as pavimentações das ruas Homero Viana e França. Está sendo feita a última camada de preparação, pré-asfalto de todo o Loteamento Motocross, que já no mês que vem entra com os projetos na Câmara de Vereadores para pavimentação de toda a área, além de outras ruas que necessitam melhorias. Estamos realizando alguns recapeamentos como a Rua Benno Kist, na subida para a AABB, e a Rua Amapá, que foi necessária devido às ambulâncias que trafegam em direção ao Hospital Ana Nery. Estamos preparando o recapeamento de mais algumas ruas que estavam intransitáveis. Será feito um levantamento pela Prefeitura de todos os asfaltamentos da área central para ver onde necessita recapeamento. Também estamos realizando a readequação do aeroporto.

RJ – Como está o andamento da revitalização da Rodoviária?
Edmar:
Foi iniciada a obra de tubulação no complexo da Rodoviária. Uma grande obra que visa solucionar os problemas de enchente na região. Estamos modificando a estrutura, que está em fase final de licitação. A Prefeitura quer passar a responsabilidade à iniciativa privada para que assuma a reforma do espaço. Todo o complexo das ruas vai receber tubulações novas e iluminação, já com a obra pronta para receber a duplicação da BR-471 até o trevo do Bom Jesus, onde o Município está poupando recursos para iniciar a duplicação em parceria com a Assemp. É a obra mais sofisticada com tubulação moderna que o Município terá neste complexo, sendo financiada pelo Finisa e Caixa Federal.

RJ – Haverá outras obras de canalização?
Edmar:
O maior problema é no Santo Inácio, onde está sendo feito um estudo para se realizar uma macrodrenagem do Bairro Várzea até a BR-471, sendo uma meta de 2021. Projeto realizado pelo Planejamento, sendo uma das maiores obras de canalização. Após terá outra obra de canalização na Senador Pinheiro Machado e outra, provavelmente, na região da Verena, sendo um total de três macrodrenagens em que serão captados recursos para se realizar os investimentos. Temos um problema sério na Tenente Coronel Brito, na parada de ônibus, que possui um grande canal que passa por baixo. Esse canal terá que ser desviado pela Rua Fernando Abott até a Câmara de Vereadores para encontrar a rede da Assis Brasil. No Complexo do Parque da Oktoberfest terá que ser feita uma megatubulação para chegar nas sangas. A prefeita solicitou a realização destas obras que não estão na vitrine, mas que daqui a 20, 30 anos vão solucionar os problemas de enxurradas.

RJ – Um dos problemas que agravam as enxurradas é o fechamento de bueiros. Como está esta situação?
Edmar:
Grande parte dos problemas das enchentes é das próprias pessoas que estão fechando bueiros, pois fizeram o tratamento de esgoto ligado com a água cloacal e não colocaram as fossas, e pior, tem pessoas que mesmo depois da lei, com multa de R$ 3 mil, hoje ainda concretam as bocas de lobo. Estamos com rompedores, sendo vários funcionários que estão rompendo as bocas de lobo. Tivemos quatro funcionários na canalização sendo dois com restrições. É uma situação que nos preocupa e que precisamos resolver.
RJ – Como está a obra de revitalização da Rua Marechal Floriano?
Edmar:
A obra não iniciou por haver modificações no projeto, sendo que muitas coisas que precisavam ser executadas não estavam no projeto. Está em tramitação burocrática. Foram feitos mais alguns ajustes com relação às raízes das árvores do Centro. O calçamento será reformado e para isso é necessário cortar as raízes. É preciso fazer todo um estudo para avaliar a estabilidade de cada árvore e isso foi algo novo que entrou no projeto. A ideia é fazer o projeto passo a passo para que a obra seja finalizada sem maiores transtornos para a comunidade.

RJ – Quais as ações estão sendo realizadas no interior?
Edmar:
Tivemos que organizar as nossas pedreiras e não podemos fazer nada sem licença ambiental. Temos uma engenheira ambiental que contratou uma empresa para fazer as licenças ambientais. Recuperamos 458 km de estradas no interior. Temos mais de 40 pontes por fazer com galerias. Estamos fazendo projetos e comprando tubulações através de processo de licitação. Pela nova lei que temos agora, todo o interior será atendido pela Secretaria de Obras, além da estrada até o acesso da casa do agricultor. São milhares de metros de canos que já foram utilizados para dar melhorias nas vias. Em Monte Alverne fizemos projetos da nova ciclovia e colocamos toda a iluminação da área central do perímetro urbano. Por determinação da Secretaria de Mobilidade Urbana estão sendo pintados o asfalto e as faixas de segurança, e trocadas as luminárias no interior. Também temos novas pontes com galerias, com armaduras de aço sendo feitas em São José da Reserva, Rincão do Couto, três em Rio Pardinho e quatro em Monte Alverne. Vamos iluminar todas as pontes pênseis do interior, sendo uma iniciativa da Secretaria de Mobilidade Urbana, e pintar todas as pontes do interior e entradas de pontes com refletivos. Sobre asfaltamento, temos Con-Aid pronto na Reserva dos Kroth, sendo 2,5 km que serão pavimentados, em São José da Reserva 2,5 km, na Linha Nova serão 800 metros, e 2,5 km em Paredão onde já tem Con-Aid para pavimentar. Vamos asfaltar a rua do cemitério de Monte Alverne e da comunidade até após a ponte Júlio de Castilhos, estamos trocando 80% da pavimentação de Saraiva por nova pavimentação e temos asfalto do Cerro Alegre Alto até a divisa com Passo do Sobrado para pavimentação que está sendo viabilizada. A ideia da prefeita é que as principais localidades do interior tenham acesso asfáltico. Também cedemos um engenheiro topográfico para o Planejamento, que na segunda-feira vai assumir todo o levantamento topográfico de Seival até Monte Alverne para definir a divisa entre Santa Cruz e Venâncio Aires.

RJ – Como estão as obras em pontos turísticos?
Edmar:
No Lago Dourado, que é uma parceria entre Prefeitura e Corsan, na quinta, 17, iniciou-se todo o contorno asfáltico da nova ciclovia. Já concluímos toda a pavimentação asfáltica do estacionamento e já está pronta a estrutura para receber a iluminação em torno de todo o Lago Dourado. Foi finalizado todo o acesso para o Restaurante da Cruz. O Parque de Eventos irá receber melhorias. A pista de rodeios será iluminada com arquibancadas, cujo o local será entregue para a ATS. Será feito um novo estudo turístico para o Município e serão feitas mudanças no Autódromo.

RJ – O Parque de máquinas está sendo remodelado. Como está esta obra?
Edmar:
Estava com defasagem de segurança nesse setor. Tenho uma meta, até o final do ano ser uma grande obra de revitalização. Sou responsável por quase R$ 20 milhões em equipamentos e que estava sem segurança, proporcionada agora com o fechamento do complexo. Reativamos a nossa fábrica de blocos e estamos fabricando os meios-fios de proteção de calçadas, fazendo o muro de contenção. Recebemos a licença ambiental para podar as árvores do centro de máquinas, que estavam atrapalhando e entupindo as calhas. Está em fase final o projeto de construção de uma grande garagem para guardar todo o equipamento pesado, pois a maioria dos equipamentos fica no relento. Por determinação da prefeita, será construído um refeitório para os servidores e uma bateria de chuveiros a gás para aqueles que trabalham nas redes de esgoto e que precisam de higienização. Temos todo o controle de pessoal e equipamentos para que a secretaria possa oferecer um serviço de qualidade para a população.