A operação de plantio e comercialização do milho é fundamental para o sucesso da nova safra e, por isso mesmo, uma série de providências deve ser tomada para que tudo corra bem. Atento a isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Política Agrícola (SPA), realiza no dia 23 de julho, às 15h, reunião com o setor produtivo para discutir a questão.
O principal objetivo do planejamento é estabelecer um cronograma de atividades para que o produtor possa realizar o plantio de forma eficiente e segura e depois comercizalizá-lo, com custos competitivos, ressalta o secretário da SPA, Caio Rocha. “Vamos discutir o planejamento da cultura do milho, considerando a alta do preço, os custos de produção, a logística, entre outros tópicos”, explicou Rocha. Segundo o secretário, a cada ano o governo tem encargos elevados por conta do escoamento da produção e gastos com a logística. “O deslocamento do produto do Centro Oeste para o Nordeste e o Sul, por exemplo, representa custos, por isso precisamos planejar para ganharmos em competitividade”, salientou.
Com o planejamento, a expectativa é de avançar na produção e ganhar em produtividade. Hoje o cenário já está favorável ao milho. De acordo com o décimo levantamento da safra de grãos 2011/12, a estimativa de área plantada com milho segunda safra no período, foi estimada em 7,23 milhões de hectares, representando um incremento de 0,6% em relação ao nono levantamento, e de 22,7% comparado com o exercício anterior. O forte incremento observado nos importantes estados produtores da região Centro-Oeste e no Paraná, ajudam a explicar o surpreendente desempenho da lavoura nesta temporada, que deverá ficar marcada pela mudança de paradigma da lavoura no cenário produtivo nacional, onde se destaca o fato de que a segunda safra de milho assumirá cada vez mais a importância até então reservada à safra de verão.
O desempenho do clima durante toda a fase produtiva do cereal foi responsável pelos recordes de produtividade observado especialmente nos dois maiores estados produtores, Mato Grosso e Paraná. A produção consolidada, confirma as previsões informadas para a primeira e segunda safras, dando conta de um novo recorde para o cereal tanto na área plantada, quanto na produção, com incrementos de 9,5% e 21,0%, respectivamente.
Aliado a isso, outro movimento favorável aos negócios do milho no Brasil foi a constatação de que a estiagem que castiga o Meio-Oeste dos EUA pode derrubar a produção mundial de milho na safra 2012/13. Isso já está tendo reflexos imediatos sobre a comercialização do grão no Brasil, com a retomada das exportações, que em 2011 renderam US$ 2,7 bilhões ao país, e a escalada dos preços.