Jotabê Medeiros é jornalista e escritor, autor da biografia Belchior – Apenas um rapaz latino-americano, editada em 2017 pela Todavia, e que se tornou um dos livros mais lidos no Brasil naquele ano. Em 2019 publicou, também pela Todavia, Raul Seixas – Não diga que a canção está perdida, a história do pioneiro do rock brasileiro, o baiano Raul Santos Seixas.
Repórter da área de cultura há 35 anos, Jotabê já entrevistou Oscar Niemeyer, Mick Jagger, Patti Smith, Frank Miller, Neil Young, Chuck Berry, Sonny Rollins, The Edge, Ringo Starr, entre centenas de outros. Também fez séries de reportagens especiais sobre os 100 anos de Canudos, os engenhos da Paraíba, os escultores secretos do barroco mineiro, a influência da obra de Giotto na Itália, entre muitas outras.
Em 2020, o autor escreveu a obra “O Último Pau de Arara”, que narra a saga de uma família de migrantes nordestinos de meados da década de 1960 até os dias de hoje – os Medeiros, a família do próprio autor. No site Catarse há uma vaquinha, onde fãs do autor podem colaborar para a publicação da obra, que será publicada em uma edição artesanal, com cópias limitadas e numeradas (apenas mil exemplares), acabamentos feitos à mão, impressões tipográficas e ilustrações originais em xilogravura, impressas uma a uma. A meta é arrecadar R$ 44 mil para a edição impressa.
Jotabê Medeiros, conta sobre a obra: “Em 1965, durante nove dias e nove noites, viajamos em cima de dois caminhões de sal do cariri paraibano rumo ao chamado Norte Novíssimo do Paraná. Metade cloreto de sódio, metade olhos e dentes. Éramos 12 crianças e adolescentes.
Logo nos tornamos 15 e hoje já contamos 20 de nós, além de 45 netos, 23 bisnetos, dois trinetos. A família, que se estabeleceu inicialmente em Cianorte (PR), segue crescendo e espalhou-se pelo mundo. Com o tempo, fomos vistos alistando-nos na Legião Estrangeira, ensinando português na cidade japonesa onde viveu Bashô, dividindo apartamento em um prédio invadido em Madri, tomando vinho com críticos de jazz no Carnegie Hall.
O centro nevrálgico, existencial, e a baliza psicológica dessa comunidade continua sendo, ainda hoje, um homem de 102 anos que a vida toda usou chapéu de feltro, botinas de Li’l Abner, roupa de linho, com um passado nebuloso e gestos duros, seco como Lee Van Cleef e autoconfiante como Oscar Niemeyer: meu pai, o protagonista da história”.
Mais do que mero ensaio biográfico, O Último Pau de Arara é uma história verídica com ganas de ficção que retrata um Brasil profundo, pouco visto ou lido. Uma história de gente que povoa sertões – da Paraíba ou do Paraná – com sonhos e pequenezas, alegrias e temores.
Link para apoiar a obra: https://www.catarse.me/oultimopaudearara/?ref=whatsapp&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=project_share