Não quero aqui filosofar ou opinar sobre esse assunto através de fundamentos ou conceitos definidos pelas mais diversas religiões existentes, mas certamente tem a ver a nossa existência com o mundo em que vivemos e a busca, incessante, pela felicidade.
Nos dias atuais, as pessoas buscam a felicidade através da melhoria da qualidade de vida, muitas vezes expressada pela ambição e desejo de sobrepujar o próximo. Conquistar suas ambições tem colocado as pessoas, no desejo de colocar suas virtudes nesta conquista, acima de qualquer propósito ético ou morais. A felicidade tem se transformado na busca da vontade de nossa sobrevivência.
No Budismo, prega-se que o ser humano também sente profundos sentimentos quando da perda de uma pessoa muito próxima ou mesmo de um animalzinho de estimação. Estes momentos de dor, através da sensação da morte, causam momentos de angustia e aflição entre as pessoas. No íntimo, existe um medo incrível que persegue as pessoas na causa maior de todo o nosso sofrimento que é por não se saber o que ocorrerá após a morte. Resolvida essa questão, pode-se atingir a Felicidade Absoluta, que não depende de fatores externos para existir (a maioria dos seres humanos só conhece felicidades relativas, que somente existem por comparação. Por exemplo: “eu sou feliz porque tenho mais dinheiro que fulano, ou porque tenho mais dinheiro agora do que antes”). Tal Felicidade Absoluta é, de fato, o verdadeiro objetivo da vida (quaisquer outros supostos objetivos, sucesso, dinheiro, diversão são, na verdade, metas, mas não o objetivo final). Esse objetivo precisa ser atingido em vida. Isso quer dizer que boas ações levam a boas consequências e más ações levam a infelicidades e somente as ações que uma pessoa comete são responsáveis por todo e qualquer destino que ela tiver.
Observa-se que, mesmo nos dias atuais, o ser humano, com esta personalidade dúbia e complexa ainda não consegue se definir como pessoa íntegra e correta em sua plenitude como supostamente gostaríamos que fosse. Esperamos, no entanto, que esta realidade não persista para sempre!
Emigdio Henrique Engelmann – professor universitário aposentado