Albert Schweitzer, o multitalentoso professor, filósofo, músico e médico alemão, que dedicou a vida como missionário no Gabão, na África, teria dito: “Eu queria me tornar um médico para trabalhar sem palavras. Por anos trabalhei usando palavras, escrevendo, ensinando, dando palestras… Entretanto, minha nova atividade não consiste em falar sobre a religião do amor, mas praticá-la sem o auxílio das palavras.”
Garimpei esta pérola na edição deste mês da Revista Adventista, cuja publicação fascina pelo conteúdo, especialmente por contemplar uma das personalidades que admiro muito pelo legado de vida, obra no meio do solo africano: Albert Schweitzer.
O legado deste homem é tão extraordinário, que se espalhou mundo afora e se multiplicou por instituições humanitárias, numa prova de que, no dizer do grande humanista: “não se perde nenhum raio de sol. Porém, o verde que ele produz, necessita de tempo para brotar e ao semeador nem sempre é dado compartilhar da colheita. Toda a ação de valor é uma ação que necessita de fé.”
Às vezes é preciso recolher-se ao silêncio para penetrar no segredo mais íntimo da essência poética, que guarda o segredo das coisas importantes. A coisa mais bela que podemos experimentar, no dizer de Schweitzer, é o mistério. “É a emoção fundamental que está no berço da verdadeira arte e da verdadeira ciência. Aquele que não conhece o mistério e não pode mais se surpreender, não pode mais se maravilhar, é como se estivesse morto, como se fosse uma vela apagada.”
Conviver com o mistério da vida é o desafio de cada um de nós e ao descobrir o que ele nos reserva, lá descobriremos a razão de estarmos aqui em nossa jornada terrena.