Havia uma desconfiança em relação à Seleção Brasileira antes da Copa das Confederações. Com o título do torneio, o escrete de Felipão se projetou como um grande favorito para a Copa do Mundo. Além disso, joga em casa, o que poderá representar muito na hora das definições. Creio até que o Brasil será mesmo hexacampeão. Vai ser muito difícil tirar o título da nossa Seleção jogando em terras verde-amarelas. Fala-se muito na Alemanha como possível campeã e, sinceramente, isto faz bastante sentido devido à enorme qualidade técnica da equipe germânica. De toda forma, o aspecto de locatário deverá fazer muita diferença para o Brasil. Independente das falhas de organização, a Copa será algo fantástico levando em consideração a paixão que temos pelo futebol e pela Seleção e o Mundial em si.
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Confesso que achei interessante a contratação do goleiro Dida pelo Internacional. No dia em que ele foi anunciado, acabei escrevendo no Facebook que ele seria “o novo Manga” do clube. A opinião é bem racional e leva em consideração alguns fatores. Muita gente não lembra, mas Manga jogou no Grêmio. A diferença é que ele jogou primeiro no Inter e depois no Tricolor. Dida chega ao Inter bastante veterano, assim como Manga o fez na década de 70. E também entra aí a qualidade técnica. Lembro que, em 1993, quando Dida era um jovem e foi vice-campeão brasileiro pelo Vitória da Bahia, chegou a ser comparado com Manga. Em termos históricos, também há outra coincidência: Dida veio do Tricolor de Porto Alegre e Manga, do Tricolor uruguaio – o Nacional de Montevidéu.
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Nos últimos dias, pesquisei sobre o Mundial de Clubes na internet, e cheguei àquela velha problemática de Palmeiras e Fluminense. Os dois times conquistaram a Copa Rio Internacional na década de 50 e foram considerados campeões mundiais – inclusive por jornais da época. Logo em seguida, o Vasco ganhou a terceira e última edição da Copa Rio, mas aí ela já tinha outro nome. Palmeiras e Fluminense até hoje reivindicam o título de campeão do mundo à Fifa. Pelo que está na internet, realmente a Copa Rio foi precursora do Mundial, da mesma forma que a Copa Montevidéu. Decepcionante, em termos de futebol gaúcho, é que o título do Grêmio em 1983 recebe a mesma classificação da Copa Rio por parte da Fifa. É realmente lamentável. Creio que a Fifa poderia revisar essa decisão, pelo menos no que se refere aos campeões do tradicional Mundial de Clubes (1960-2004).
Por Nelson Treglia (interino)