Quando nos lembramos do dia 1º de Maio a primeira associação que feita é com o feriado. Feriado do Dia do Trabalho, do Trabalhador… Muitos esquecem de todo o simbolismo atrás desta data, que houve luta ao longo do tempo, travada para que se mostrasse que a sociedade só cresce quando todos, de alguma forma, colaboram fazendo a vida funcionar.
Ao longo dos séculos as formas de atender às necessidades de fazer a vida funcionar foram mudando. Nós elevamos o nível de necessidade da sociedade, e com isso, surgiram as organizações de trabalho, empresas e as relações trabalhistas. Da dificuldade do século 17, na Revolução Industrial, saímos para a produção em larga escala, em série, para atender aos anseios da sociedade. Para que esta dinâmica funcionasse, se estabeleceu o emprego, o trabalho, e o pagamento por ele. Hoje, por mais que se fale nos defeitos do capitalismo, ele acaba sendo a melhor forma de premiar quem produz. É lógico que existem distorções, que ao longo do tempo estão sendo aprimoradas. É inerente à natureza humana entregar algo que tenha sido feito, a partir das suas habilidades, e ser remunerado por isto.
Por conta disso, não deveríamos olhar para o trabalho como algo penoso, ou como uma simples relação de troca por dinheiro. É necessário entender que levantar todos os dias, ir ao trabalho é uma tarefa construtiva, jamais penosa. O que eu faço como trabalhador faz sentido para mim, para o próximo e para a minha sociedade. Nosso trabalho faz a diferença para alguém, ele dever ser visto por nós como uma dádiva, como uma bênção.
Todos nós, trabalhadores e empresários, devemos juntos olhar para esta relação de forma construtiva. Que o trabalhador possa olhar para sua atividade laboral e ver ela como um legado que faça sentido para ele. Que nossos anos de trabalho não sejam reduzidos à remuneração, apenas. Mas que sejam encarados como algo que transforma a sociedade e que satisfaça necessidades e nos engrandeça.
Que este atual momento nos ensine a olhar para as relações, sobretudo às de trabalho. Que o 1º de maio seja não apenas uma data de descanso. Que todos os dias sejam 1º de maio, no sentido daquilo que nos faz grandes. Que vibremos todos com esta data que homenageia a força do trabalho. Que o trabalhador seja visto não e apenas como uma peça, mas como uma alavanca para a sociedade. Parabéns a todos os trabalhadores, parabéns a quem consegue fazer do seu dia a dia motivo para acreditar em algo maior, numa construção coletiva. A todos estes, parabéns!
Gualter Baptista Júnior – mestre em Administração e presidente da Fentifumo