Um dos grandes nomes do cinema mundial é Clint Eastwood, famoso desde os anos 60. Durante décadas, ele foi um ator destacado em filmes de “western”, de ação e policiais. Paralelamente à atuação, Eastwood desenvolveu uma bela trajetória como diretor e produtor. Em 1995, ele coproduziu, dirigiu e atuou no filme “As pontes de Madison”, que protagonizou ao lado de Meryl Streep.
Em “As pontes de Madison”, baseado em romance homônimo, o personagem de Eastwood é um fotógrafo da revista “National Geographic”. Ele acaba conhecendo a personagem interpretada por Streep, uma dona de casa que mora em uma localidade interiorana dos Estados Unidos. O fotógrafo já havia feito várias viagens trabalhando ao redor do mundo e, desta vez, sua tarefa era fazer fotos nessa localidade americana.
O encontro desses personagens rende diálogos muito interessantes, porque dois mundos bastante diferentes entram em contato. Por um lado, a dona de casa representa a família tradicional americana, com suas convicções e amarras. De outro lado, o fotógrafo, por ter conhecido diferentes realidades, apresenta uma ideia de relativismo moral e uma certa insegurança quanto a uma perspectiva familiar.
Vale ressaltar que a história de “As pontes de Madison” se passa na década de 60, época em que os valores da família tradicional eram muito fortes na sociedade americana. Mas o filme foi lançado nos anos 90, demonstrando que algumas discussões não se perdem ao longo do tempo. Se olharmos bem, a temática “família e moralidade” permanece até hoje e continuará por longos anos.
No filme, a dicotomia apresentada entre “família tradicional x relativismo moral” não deve ser analisada de uma forma apressada. Ambas as perspectivas possuem suas fragilidades e, por essa razão, é possível dizer que não existe uma fórmula mais adequada para levar a vida.