O Brasil está recebendo a 20ª edição da Copa do Mundo de futebol masculino da Fifa. Cerca de 3 bilhões de pessoas em 200 países acompanharão os jogos pela TV e outras 3 milhões assistirão às partidas nas arenas. Sem dúvida, o maior evento esportivo da história de nosso país. E alguns momentos marcaram os primeiros dias do Mundial.
Na cerimônia de abertura, a emissora oficial da Copa exibiu apenas dois segundos do chute com o exoesqueleto criado pelo neurocientista Miguel Nicolelis. A TV Globo também não deu a mínima para o robô e preferiu mostrar imagens recuperadas da Seleção chegando ao Itaquerão. Um “golaço” da ciência brasileira que foi ignorado pela imprensa – e que ninguém viu.
Oscar foi o melhor da estreia, mas Fred mostrou ao mundo toda a malandragem do brasileiro e foi o principal responsável pela vitória sobre a Croácia ao “cavar” o pênalti que só o juiz japonês viu. Me lembrou as preleções entusiasmantes do técnico cachoeirense João Marinones: “Vençam, nem que seja com um gol de mão, no último minuto e em impedimento, mas vençam!”.
Apenas 84 minutos separavam o campeão Casillas do recorde estabelecido pelo italiano Walter Zenga em 1990 (517 minutos sem levar gol), mas o goleiro espanhol acabou fazendo a pior partida de sua carreira e levou cinco gols da Laranja Mecânica. Nunca mais vai esquecer a sexta-feira 13 de 2014.
A torcida japonesa deu um show de civilidade e recolheu seu lixo após a derrota para a Costa do Marfim na Arena Pernambuco. Em Tóquio reciclagem é lei e cada um é responsável por seu lixo. Bah, sem palavras…
Dilma, com medo de vaias, quebrou a tradição e não discursou na solenidade de abertura. Mesmo assim não escapou dos xingamentos dos torcedores. Seu anjo da guarda, o ex-presidente Lula, não gostou e saiu em defesa da presidenta: “Não é nem dinheiro nem escola nem título de doutor que dão educação para as pessoas. Educação se recebe dentro de casa. E não era nenhum pobre. Parece que comeram até demais, estudaram até demais, porque perderam a educação e o respeito”. Que fase, hein!?
Mas o grande momento da Copa foi protagonizado fora de campo por Adilson Luís da Cruz, desconhecido brasileiro morador de São Paulo. Dois mexicanos esqueceram uma bolsa com 40 ingressos para os jogos dentro do seu táxi. O taxista voltou ao hotel onde havia deixado os torcedores e devolveu as entradas. Num momento em que a reputação do brasileiro não é tão bem vista lá fora, Adilson acabou marcando o “gol” mais bonito da Copa ao mostrar ao mundo que ainda tem gente honesta em nosso país. Valeu Adilson!!!