Luciana Mandler
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Depois de fechar o balanço da safra de tabaco 2019/2020, cuja produção nos três estados do Sul do Brasil fechou em 633.021 toneladas, de acordo com informações da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), desde a primeira quinzena de setembro, a colheita iniciou na parte baixa de Santa Cruz do Sul e na parte alta desde meados de outubro, atingindo hoje 7% do tabaco colhido. No Vale do Rio Pardo, a colheita chega a 9%, já que o plantio é feito um pouco mais no cedo, pois são regiões que o clima frio afeta menos.
Na propriedade de Luiz Fernando Müller, da esposa Traudi e dos filhos Rafael e Douglas, na localidade de Linha Pinheiral, interior de Santa Cruz do Sul, o trabalho começou no dia 6 de outubro. Dos 25 hectares de terra, em torno de 12 hectares são destinados aos 180 mil pés de tabaco cultivados. Até o momento, Luiz acredita que cerca de 5% da safra esteja nos galpões. Para o fumicultor a expectativa é boa para este ano. “O tabaco está bonito e bom. Se o tempo colaborar será uma boa safra”, aposta.
Ainda, segundo Luiz Müller, nos últimos dias, as folhas começaram a sentir a falta de chuva. No entanto, se nos próximos dias a chuva vir, não haverá prejuízos à lavoura. “Com o clima favorável, temos qualidade no tabaco e aí podemos vender bem”, completa. Segundo o produtor, o último ano não foi tão ruim como muitos dizem e para o fim da safra espera não se estressar na hora da venda. Atualmente, Luiz está cadastrado em cinco empresas fumageiras e espera boas negociações.
Já para a Afubra, a estimativa de produção para a safra 2020/2021 será realizada no fim deste mês.