Na infindável roda do tempo, em todas as épocas, sempre houve e sempre haverá pelo homem o questionamento sobre os limites na capacidade de descobertas e todas as possibilidades do universo e sua relação com a vida.
Talvez estejamos passando por um momento da história jamais visto, e a resposta mais próxima do acerto deve ser que não há limites sobre tudo que ainda nos espera. Se observarmos os últimos 30 anos, os movimentos mundiais nos indicam de que não há limite na capacidade instalada de novas descobertas no campo científico.
Tal voracidade no campo das descobertas atinge todos os seres vivos ocupantes do globo terrestre, em especial o “bicho” homem, que muitas vezes, num misto de deslumbramento e insegurança, encontra-se no centro deste turbilhão de mudanças, das quais quase nunca tem participação, senão como mero espectador/consumidor, à mercê do grande mercado mundial dominado por especialistas que ditam as novas descobertas, e por consequência as novas formas da busca da inalcançável felicidade.
Mas como ficamos nós, meros mortais, cristãos, espíritas, budistas, e tantos outros credos, que formamos a compreensão de mundo que temos, frente ao quadro de total impotência que se apresenta?
O que se observa em paralelo ao crescimento tecnológico é que há um avanço pela busca da espiritualização, onde as religiões neopentecostais estão tendo um crescimento enorme com seus templos e também nos setores dos meios de comunicação e na política.
Há um contingente enorme de pessoas bem intencionadas, que na solidão de suas angústias buscam respostas para perguntas que não podem ser respondidas, porque as respostas infelizmente não existem, e por isto são presas fáceis de muitos falastrões que fazem uso da fragilidade da razão humana, vendendo promessas que nunca serão cumpridas, mas mesmo assim, cada dia mais estão tendo enorme influência sobre milhões.
Opino no sentido que devemos nesta frenética marcha relativizar todas as verdades que já nos foram ditas, bem como aquelas que nos são apresentadas todos os dias. Não há, e talvez nunca houve, espaço para verdades absolutas, sejam elas religiosas, políticas, científicas ou sociológicas. O que temos para momento é um caldeirão de informações que não estão tendo o devido tempo para serem decodificadas, com advertência de seus efeitos colaterais, e por tal razão, o risco de leituras equivocadas seja provável.