Início Geral Nosso Batalhão: 7º BIB é referência em Santa Cruz

Nosso Batalhão: 7º BIB é referência em Santa Cruz

Foto: Ana Souza
Comandante do 7º BIB, tenente-coronel Marcelo Soares, em revista à
tropa durante a passagem de comando

Ana Souza
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Em Santa Cruz do Sul, ele é chamado carinhosamente de “Nosso Batalhão” e nesta semana completou 180 anos de atuação, tendo como referência a criação da Companhia de Caçadores da Paraíba, em 14 de maio de 1842. Sucessor do 8º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) – Regimento Gomes Carneiro é referência de unidade militar no município desde 2004.


Das diversas unidades formadoras do 7º BIB, destaca-se o 17° Batalhão de Caçadores, que participou da Guerra da Tríplice Aliança – ou Guerra do Paraguai –, de 1865 a 1870, e, em 1894, durante a Revolução Federalista, destacou-se no episódio conhecido como o “Cerco da Lapa”. Nessa ocasião, a defesa foi de fundamental importância para impedir o avanço das tropas federalistas e garantir a manutenção da República do Brasil. Durante aquele episódio, foi mortalmente ferido o então comandante, coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro, hoje patrono do 7° BIB.


O tenente-coronel Marcelo Sores é o atual comandante do Nosso Batalhão em Santa Cruz, onde conta com aproximadamente 800 militares. “Nestes 180 anos, passamos por vários fatos históricos relevantes, desde a formação do batalhão, a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, a Revolução Federalista com a morte do nosso patrono Gomes Carneiro, enfim, um passado de glórias e um legado para o 7º BIB e que nos fez chegar onde hoje estamos com muitos momentos marcantes”, observa Soares.


O comandante demonstra orgulho ao se referir à inserção do 7º BIB na vida santa-cruzense e regional. “Temos uma grande credibilidade perante a sociedade na qual estamos inseridos. As ações subsidiárias que a nossa unidade tem estão integradas à comunidade com atividades junto à Defesa Civil e ações do governo municipal, tais como as campanhas de vacinação contra a covid e no combate à dengue”, exemplifica.


Essa integração faz parte da missão do Exército, assim como das demais armas nacionais. “Esta é uma missão constitucional nossa e sempre que somos chamados procuramos nos fazer presente. Nossa integração com a sociedade é muito importante e Santa Cruz pode contar com a gente sempre que for preciso”, garante o tenente-coronel.

Os responsáveis por executar as canções do Batalhão

Lavignea Witt
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O ano de 1951 marcou o início da formação do que hoje é a Banda de Música do 7º Batalhão de Infantaria Blindado. Naquela época, o responsável pela organização do conjunto musical da unidade militar de Santa Cruz do Sul foi o capitão Ney Fernandes, enquanto o tenente Pedro Ribeiro de Araújo assumiu como o primeiro regente. A banda iniciou suas atividades na antiga usina de luz do Batalhão, que foi reformada pelos próprios músicos.


Atualmente, o conjunto do 7º BIB é composto por 35 músicos. “Temos profissionais e aprendizes. A nossa banda se divide em três partes: os naipes de madeira, que são os clarinetes; naipes de metal, onde temos trompetes, trombones, saxofones; e o naipe de percussão, que é a parte da bateria, caixa, bumbo, prato e tarol. Quando os aprendizes já possuem experiência, eles vão para a banda e a gente os ensina a teoria musical, os aperfeiçoa na prática e depois eles são dirigidos para algum desses naipes em que já têm conhecimento. Então, durante o ano, tocam com a gente nas apresentações”, explica o atual regente, tenente Altair Volnei Dreissig.


O trabalho da banda junto à comunidade local e regional formou, durante todos esses anos, um elo de aproximação do Exército Brasileiro ao meio civil, por suas participações em solenidades, retretas e concertos. As apresentações ocorrem tanto dentro do quartel como em outros locais. “Em eventos, nós tocamos músicas bem diversificadas, sobre vários temas. No meio militar, a banda toca dobrados, hinos e canções”, relata o regente.


Ele ressalta ainda a importância da união entre o grupo e a população. “Eu acredito que é muito importante para nós essa integração, somos sempre bem acolhidos pela sociedade e bastante solicitados. A comunidade participa bastante quando a gente faz um evento, sempre temos muito público”, confirma o tenente.


A Banda de Música do 7º BIB é muito reconhecida em Santa Cruz. Em 2001, a Câmara de Vereadores homenageou o grupo pelos relevantes serviços prestados à comunidade. O Rotary Club de Santa Cruz promoveu, em julho daquele mesmo ano, uma homenagem onde também enalteceu as atuações do conjunto musical. Já em 2004, a banda tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Santa Cruz, por lei aprovada pelo Legislativo.

Foto: Lavignea Witt
Banda do 7º BIB possui grande reconhecimento na região