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Nossa Doutrina – 3

No livro “A Gênese” lê-se que o chamado milagre é um ato divino contrário às leis da natureza, conforme definição teológica. A Igreja dá muito valor aos “milagres” por afirmar serem sobrenaturais e considera heresia ligar os “milagres” à fenômenos naturais ainda desconhecidos. Até foram no passado remoto excomungados e até queimadas pessoas que não quiseram crer em certos “milagres”, procurando explica-los de forma natural. Os séculos passados foram ricos em milagres porque tudo era considerado “milagre” e sobrenatural, mas com o progresso científico os milagres ficaram “escassos”. O Espiritismo revela novas leis e explica os fenômenos de forma natural. Se alguém no passado falasse em telefonia, rádio, televisão, avião, automóvel, etc…. seria tido como um louco ou herege, arriscando-se a ser julgado pela “santa” Inquisição e ser queimado “piedosamente” para “salvar” a sua alma (sic). Imaginem um fanático paranoico como Torquemada, inquisitor-mor do “santo” ofício ser trazido agora à vida! Rotularia todas as invenções modernas de diabólicas e quereria condenar à fogueira os inventores e os usuários de tais inventos (sic). Esta era a mentalidade da “santa” Igreja na idade média…
Será que Deus derroga as leis que ele mesmo criou? O poder de Deus já manifesta-se no grandioso conjunto das obras da criação e pela harmonia das leis que regem o universo.
Não sendo necessário os “milagres” para glorificação de Deus nada no universo se produz fora do âmbito das leis gerais que, sendo perfeitas, não necessitam serem derrogadas.
As religiões não necessitam do sobrenatural (para incutir temor e obediência nas massas ignaras) mas sim do princípio espiritual; o Espiritismo dá base mais sólida à religião que os “milagres”, afirmando que as leis de Deus obedecem ao princípio espiritual como ao material e sabe que o tempo e a ciência confirmarão sua tese. As religiões sem base científica abusaram e abusam ainda do maravilhoso e do sobrenatural, para impor-se às massas incultas, apavorando-as com o “inferno” eterno e considerando as descobertas da ciência como obras de satanás, e apresentando estátuas que derramam lágrimas de sangue… Que religiões pobres de recursos! 
(continua)

Odilon S. Blank
Aposentado