Tiro no pé
Difícil de entender como o 1º maior exportador de tabacos do mundo, o Brasil, vai largar na frente com uma medida que regula a produção e comercialização de cigarros de uma maneira tão radical. Única explicação estaria nas Ongs bem aparelhadas e remuneradas que detem o assunto tabagismo como bandeira. Será votada nesta terça-feira pelo colegiado da Anvisa a proposta de Resolução que proíbe os ingrediente como açúcares, mentolados, cravo na fabricação dos derivados do tabaco. Dirigentes da região que tanto digladiaram para impedir tais medidas optaram por nem participar da reunião que acontece hoje em Brasília, a partir das 14h30. Não teriam mais voz e vez. Dá na mesma assistir pela internet: http://www.policiclos.com.br/anvisa/index.htm.
Disse que viria e não veio
A tal reunião ocorreu em fevereiro e foi adiada pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Brás Aparecido Barbano, que pediu mais detalhes sobre o uso do açúcar como aditivo no cigarro. Segundo o texto que seria votado, o açúcar não seria proibido imediatamente e o assunto seria retomado em até um ano. Ele inclusive se dispôs a visitar a região para se inteirar melhor do assunto, mas não apareceu. A única brecha que o setor vislumbra é de que o Congresso assuma a atribuição que lhe seria de direito, no lugar da Anvisa. Para o governo ter cigarro contrabandeado e sonegado solto por aí é ruim, o que pode acarretar alguma medida corretiva no meio do prazo para entrar em vigor a resolução a ser votada hoje. Região encaminhou manifesto no dia 8 último, demonstrando grande preocupação com impactos econômicos e sociais da questão.
Em marcha lenta
Se por um lado a Anvisa está apressada para radicalizar nas suas normas, a comercialização do tabaco por aqui (foto) anda em marcha lenta. Pouquíssimos caminhões chegam às indústrias com a produção das lavouras. Apenas 15% do tipo Virgínia e 20% do Burley foram comercializados até o momento. Para a Afubra existem três fatores que podem estar concorrendo para isso: conseguir melhorar o preço, clima muito seco que esfarela o tabaco ao manusear para classificar e a possibilidade de que ao final as empresas paguem melhor, como ocorreu na safra passada.
Foto: Banco de Imagens SindiTabaco/Carlos Nyland
De olho no preço e no clima
“As sete entidades que negociam o preço do tabaco com as empresas vem orientando o produtor a só despachar sua produção ante uma combinação prévia com o orientador e o transportador do preço a ser praticado na empresa”, explica Benício Werner, da Afubra. Isso pode estar atrasando a comercialização, assim como o clima extremamente quente e seco que impossibilita o manuseio dos fardos sem esfarelar. Outra possibilidade que pode estar somando no baixo movimento é que os últimos a vender no ano passado se deram bem – houve duas quebras de safra lá fora – o furacão Irene nos Estados Unidos e na África – Zimbabwe.
Foto da safra passada registra o recebimento do produto nas empresas. Este ano, apenas 15% do Virgínia e 20% do Burley foram comercializados até então
No MDA quem manda é o chimarrão
O deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) (foto), 54 anos, é o novo ministro do Desenvolvimento Agrário no lugar de Afonso Florence. Natural de Nova Petrópolis, o médico Gilberto José Spier Vargas, ou Pepe Vargas, está no segundo mandato na Câmara. Já foi vereador, deputado estadual e duas vezes prefeito de Caxias do Sul. Preside a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional e é membro da Comissão de Finanças e Tributação. Apresentou projetos nas áreas de saúde, educação, agricultura familiar e previdência e é reconhecido por ter bom diálogo com os movimentos sociais.
Foto: Brizza Cavalcanti/Ag. Câmara
Escreveu, não leu…
A informação da troca no Ministério do Desenvolvimento Agrário foi divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência na noite dessa sexta-feira 9. A informação foi atribuída por boa parte da imprensa à incapacidade dele de gerir com sucesso o ministério, que registrou o menor número de assentamentos dos últimos 16 anos.
Em nota, Dilma agradeceu a participação de Florence no governo e desejou boa sorte ao novo ministro. A data da posse e transmissão de cargo ainda não está definida.
Técnica da Agersant
O presidente da Agersant, Robson Schultz apresentou aos conselheiros, na última reunião da Agência Reguladora santa-cruzense, a engenheira química, Lúcia Müller Schmitt (foto). Os conselheiros analisaram o currículo da profissional e aprovaram sua contratação no quadro técnico da agência. Lucia vem integrar o grupo no setor de controle de qualidade de serviços concedidos e permitidos. Engenheira Química, com pós-graduação em Planejamento e Gestão Ambiental, atuou na Corsan por mais de 30 anos, vice-presidente e presidente em mais de um período do Comitê Pardo, participante na Câmara técnica da Região Hidrográfica do Guaíba entre outros.
Foto: Rolf Steinhaus
Começa inclusão de emendas
Começou na sexta, 09, o prazo para inclusão de propostas de programação e emendas parlamentares ao sistema do Ministério do Turismo. O cadastramento que definirá onde os recursos orçamentários da pasta deverão ser empregados fica aberto para delimitação das emendas por, no mínimo, 15 dias, podendo ser encerrado a qualquer momento logo após esse período. Com um montante de R$ 848 milhões em emendas parlamentares individuais, mais de R$ 840 milhões em emendas de bancadas e R$ 221 milhões em emendas de comissão, o Ministério do Turismo aguarda que a o processo de definição das propostas seja rápido para que os projetos possam ser iniciados ainda neste ano.