Nos Bastidores – 27

Com a China se tornando o maior comprador individual de tabaco do Brasil, a indústria do fumo cresceu quase 14% em 2011, ano em que a produção industrial, de maneira geral, estagnou. As dúvidas sobre a solvência fiscal de países europeus não reduziram o volume de vendas para o bloco, mas alteraram a composição: agora, os europeus aceitam comprar o talo e outras partes da planta, o oposto do que ocorre com os chineses. Líder mundial no consumo de cigarros, a China manteve a média histórica de 55 mil toneladas de tabaco importadas do Brasil, mas exige lâminas, a parte mais nobre da planta. Perto de 85% do tabaco produzido no Brasil embarca para o exterior.

 

Fotos: Rolf Steinhaus

 

 

 

O governo tornou lei, em 2011, um aumento de 300% na alíquota do IPI sobre o tabaco, mas adiou sua entrada em vigor para evitar impactos na inflação. Se o governo aumentar o imposto, não vai haver queda de consumo, mas aumento do contrabando, afirma Romeu Schneider, secretário executivo da Afubra. “Não somos contra regulação, mas não podemos inviabilizar o mercado”.

 

 

 

 

O governo Dilma Rousseff eliminou uma dor de cabeça que atormentava a indústria: a partir de 2012, as tabacaleiras ficam isentas do pagamento da taxa anual de fiscalização sanitária, no valor de R$100 mil por marca de cigarro, quando o produto for destinado à exportação. A indústria questiona a taxa e já depositou em juízo mais de R$ 100 milhões. A isenção foi incluída em uma das medidas do Plano Brasil Maior – título dado à política industrial – durante a tramitação no Congresso. A lei foi sancionada pela Presidência, sem veto à isenção, apesar de recomendação contrária da Anvisa. 

 

 

Na avaliação do diretor Agenor Álvares, a benesse fiscal criou uma “contradição” para a agência, que tenta justamente eliminar benefícios desse tipo. O diretor da Anvisa aposta em vitória contra a indústria do tabaco na Justiça, o que pode render mais de R$100 milhões aos cofres públicos em taxas atrasadas. ‘Temos certeza da legitimidade da taxa, pois todas as indústrias pagam, só os fabricantes de tabaco questionam’, afirma. A Anvisa possui 190 marcas de cigarro registradas, somente sete delas exclusivas para exportação. Como a indústria não precisará mais pagar os R$100 mil anuais da taxa para cada marca que exportar, tende a aumentar o número de marcas registradas para venda no exterior, na avaliação da Anvisa.

 

 

 

Há um ano – mais especificamente no dia 19 de fevereiro de 2011 -, o Programa Minha Casa Minha Vida mudava as regras retardando os planos de muita gente que pensava construir em ruas não pavimentadas, o Riovale Jornal trazia encartado o especial Volta às Aulas e, também, a primeira edição desta coluna. Nos Bastidores registrava a posse da secretária Eliana Giehl na Pasta da Administração e ainda a novela da licitação dos serviços de água e esgoto, que já andava emperrada há um bom tempo. De lá para cá, crescemos, aprendemos e estamos online para ficar ainda mais perto do leitor. Obrigada pela interatividade e vamos para mais um ano!

 

 

Fica inelegível por oito anos o político que:

* For condenado por um colegiado por abuso do poder, corrupção, improbidade, crimes eleitorais, contra a economia e o patrimônio, lavagem de dinheiro, tráfico, crimes contra a vida, quadrilha, entre outros;

* Tiver contas rejeitadas pelo TCU, por decisão irrecorrível;

* Renunciar a cargo para evitar a cassação ou for cassado;

* For excluído do exercício da profissão;

* For demitido do serviço público. Sendo juiz ou membro do MP, for aposentado compulsoriamente ou exonerado por processo administrativo ou tenha se aposentado para evitar o processo;

 

 

Mais uma vez esteve em Santa Cruz a jornalista hoje senadora Ana Amélia Lemos (PP). Espalhando um misto de carisma e bom senso repleto de credibilidade veio apoiar a costura de coligações do seu partido na cidade. O encontro na sexta-feira, 17, foi a primeira demonstração pública da aproximação entre as siglas PP, PSDB, DEM, PMDB e PPS, convidados pela ex-prefeita e presidente Helena Hermany. Representantes dos chamados partidos nanicos também participaram da reunião que iniciou ao final da tarde e entrou noite adentro.

 

 

 

Em entrevista feita assim, no meio dos repórteres e em pé, para afastar a formalidade, Ana Amélia declarou que o vai ajudar a estimular o debate para a composição de frente que possa assumir o desafio  da corrida eleitoral. “Vim para ouvir os partidos. Vamos construir ao longo do tempo uma aliança que ainda poderá agregar novos partidos. Santa Cruz merece mais”, pontuou.  

 

 

Participaram do encontro três pré-candidatos que já se lançaram na disputa: Helena Hermany (PP), Edson Brum (PMDB) e Osmar Severo (PPS). Brum afirmou categórico que não concorre à Prefeitura se não for cabeça de chapa. Para vice quer a Helena (PP), para opositor, quer o Sérgio Moraes (PTB). Foi claro, conciso e objetivo. Helena preferiu se manter discreta, como sempre. Apadrinhada pela senadora, que não lhe poupou elogios e disse ser ela sua candidata preferida, se mostrou feliz com os resultados da reunião. “Helena é a nossa grande candidata”, ressaltou Ana Amélia.

 

 

 

 

 

 

 

Questionada sobre a aprovação da Lei da Ficha Limpa, Ana Amélia Lemos definiu como uma decisão espetacular do STF. “Quero ver quem vai sobreviver,” alfinetou. “Vai melhorar a prática política e mostrar que não basta ser alfabetizado, mas tem que reunir condições éticas para conduzir um mandato”, concluiu.

 

 

Não querendo antecipar se concorre ou não ao governo do estado em 2014, a senado progressista situou como algo ainda muito longe. “É prematuro falar agora, mas fico grata da forma como fazem referência à minha pessoa como candidata”, disse saindo pela tangente. “Assinei todas as CPIs de combate à corrupção, tenho agido de forma independente em relação ao governo e tenho que me manter assim pelo compromisso com o cidadão”, se posicionou a Senadora. “O eleitor está exasperado com a gastança e a corrupção. Se for alguém do meu Partido, terá que sair também – não tenho dois pesos e duas medidas – a regra é a mesma”, conclui.

 

Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

A Secretaria Municipal da Agricultura comunica aos produtores rurais de Santa Cruz que até 15 de março de 2012, deverão apresentar seus talões de produtor rural em uso, com as respectivas contra notas ano base 2011, para apuração do Valor Adicionado Fiscal. Os documentos devem ser levados até a Secretaria, na Rua Marechal Floriano, 15. A apresentação anual é obrigatória e os produtores que não cumprirem esta determinação no prazo poderão ter sua inscrição de produtor encerrada.

 

 

As pancadas de chuva acompanhadas de granizo que atingiram o Sul do país no sábado, 18, e domingo, 19, danificaram perto de 1,3 mil lavouras de tabaco. Somente na região de Santa Cruz foram 185 produtores atingidos. Na maioria das propriedades, pelo menos 90% do tabaco já foi colhido, o que reduziu o estrago. A Afubra contabiliza 36,2 mil lavouras atingidas em toda a safra. O número ultrapassa em 7 mil o índice deste período em 2011. 

 

 

 

 

 

A União Europeia e o FMI aprovaram na terça, 21, novo empréstimo à Grécia, para ajudar o país a evitar o calote dentro de um mês. A ajuda, não resolve os problemas a longo prazo. É o segundo empréstimo obtido pelos gregos desde o agravamento da crise econômica internacional. O país vive dias de tensão sob protestos constantes e críticas da população. O resgate, de 130 bilhões de euros para os próximos dois anos, permitirá ao governo grego pagar 14,5 bilhões de euros em dívidas que vencem em 20 de março. 

 

 

Autoridades europeias reclamam que a Grécia passou anos gastando mais que arrecadava e que a situação não mudou com a concessão do primeiro resgate, de 110 bilhões de euros, em maio de 2010. O plano de austeridade imposto pela União Europeia e o FMI em troca da nova ajuda quer recortar o gasto público grego em um valor equivalente a 1,5% do PIB em 2012, para reduzir a dívida pública dos atuais 160% do PIB para 120,5% em 2020. Porém a conclusão do segundo resgate para a Grécia terá efeitos positivos também sobre os demais países vulneráveis da zona do euro, como Portugal, a Espanha e Itália.

 

 

Parodiando o filme Os Filhos de Francisco – que conta a vida da dupla Zezé di Camargo e Luciano -, procura-se “os pais de Francisco”, para compilar a vida do recém-nascido encontrado dentro de uma caixa de papelão no Bairro Esmeralda na semana passada. O HSC encaminhou um ofício ao Juizado da Infância e Juventude para oficializar a situação do bebê. A partir daí passa a ser decidido o futuro de Francisco – duas são as possibilidades: ou o recém-nascido continua no HSC até encontrar a mãe ou é encaminhado para a Copame para adoção. Mais uma história real de superação – todos na torcida para que o futuro deste Francisco imite o cinema!