Em ebulição
Fatalmente o tema saneamento será a grande tacada (ou facada) na pauta das próximas eleições. As discussões fervilham em torno do assunto nos meios políticos e sobram farpas para todo lado. No sábado, 28, a prefeita Kelly Moraes (PTB) (foto) desabafou em nota pública, a falta de apoio para levar adiante o processo e os incômodos provocados pela oposição que estariam trancando suas ações. Nesta segunda, 30, o PP publicou nota rebatendo o apelo da prefeita. Em entrevista a uma rádio da cidade, a ex-prefeita Helena Hermany – presidente local e pré-candidata a prefeita pelo PP – não se fez de rogada: “Não adianta (a prefeita) se fazer de coitadinha. A nota publicada por ela é um manto para esconder a falta de ação do governo”.
Foto: Rolf Steinhaus
.jpg)
Lenga-lenga
Na visão de Helena, o processo está sendo muito mal conduzido – “são três anos de lenga-lenga e não se pode tratar assim um assunto tão sério. Não se pode usar a água para fazer negócio. O assunto requer inteligência”, alfinetou. Kelly em entrevista na sequência reforçou seu trabalho em defesa do povo: “Quero trabalhar e não estão deixando. Falo em nome da Prefeitura e do povo. Ela fala em nome de um partido e sai em defesa de instituições”.
“Me deixem trabalhar”
Kelly Moraes (PTB) defende a atuação da Prefeitura no impasse que envolve a licitação da futura concessionária dos serviços de saneamento e da constante falta de água que atinge a cidade. “Faço um apelo: me deixem trabalhar nas soluções. Me deixem tomar as providências indispensáveis e avançar neste processo”, invocou a prefeita na nota do Apedido. Reforça que há três anos o governo começou a tratar do problema e há três anos sofre com toda a sorte de obstáculos.
Piscina e água jorrando nas torneiras
Segundo a prefeita, “pessoas com espaço e voz vêm a público defender interesses políticos, particulares seus e corporativos de suas entidades e da atual concessionária. Só o povo, cansado e sem água, parece não ter quem o defenda”. Quem estaria alegando pressa e atropelo no processo por parte da Prefeitura, conforme a nota são pessoas “cujas torneiras jorram água tratada, cujas piscinas estão transbordando e cujas geladeiras estão abastecidas com água mineral”. “Ao invés de insistir em discussões que até agora não levaram a lugar nenhum e de andar em círculo, me deixem andar e oferecer ao povo um serviço digno de qualidade”, escreveu a prefeita, acrescentando que “é hora de agir e para agir é preciso que aqueles que falam sem sentir na pele o drama da falta de água pensem em quem sofre”.
Polêmica terá ramificações
O desabafo público saiu um dia depois que a Corsan mandou o diretor operacional Ricardo Machado (foto) e um superintendente a Santa Cruz para explicar à população a situação da escassez contínua de água nos pontos mais altos de vários bairros durante toda a semana. O Apedido deixa claro que o assunto saneamento e derivados, como a criação da Agersant, que já teve polêmica na composição – serão tema de inúmeras discussões neste começo de ano.
Foto: Everson Boeck
“Coitadismo”
Conforme a nota do PP, publicada nesta segunda-feira e assinada por Helena Hermany, Kelly utilizou um discurso de “coitadismo”. “A população do Centro e dos bairros, rica ou pobre, não quer vender a água a qualquer custo”, diz a nota. Ela diz ainda que, se o contrato com a Corsan tivesse sido renovado em 2008, conforme proposto pelo então governo, mais de R$ 60 milhões já teriam sido investidos em três anos.
Queremos participar
A Associação Santa Cruz Novos Rumos, ACI, Ajesc, Sinduscon, Sincovarp, CDL, Seisc e Seasc também querem participar das discussões e opinam em outro Apedido, publicado hoje no Riovale Jornal. “De maneira alguma aceitamos eventual interpretação de que nossas tentativas de contribuir na discussão do tema estejam retardando o encaminhamento do mesmo, nossas frustradas tentativas visam clarear dúvidas naturais num assunto tão complexo e que irá impactar as futuras gerações”, ressaltam já de início.
Consumidores de água mineral
O grupo pontua sua frustração nas expectativas futuras de discussões e possibilidades de contribuição, quando recebidos ainda que cordialmente na Prefeitura : “Oportunidades estas conduzidas por assessores com pouco tempo e vontade de realmente oportunizar estas condições”. O Deputado Federal e figura central no Poder Municipal, diz a nota, “tem dito repetidamente que a maioria das lideranças presentes nestas reuniões, não tem legitimidade na discussão do tema, por serem consumidoras de água mineral”.
Falha humana
A assessoria do presidente da Câmara, Marco Maia, justificou como ‘falha humana’, a ausência de comunicado sobre a viagem deste para a Alemanha no domingo, dia 22, deixando a Casa sem comando instituído. Um servidor teria esquecido de avisar os setores responsáveis. Maia (PT-RS) viajou sem ter comunicado a vice-presidência e a secretaria geral da Mesa conforme prevê o regimento interno, conforme depoimento da primeira vice-presidente, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). A assessoria disse que a falha foi detectada na quinta e corrigida no mesmo dia. Ainda de acordo com a Presidência, estando a Casa em período de recesso, o erro não foi tão grave. Segundo eles, em um período normal, isso não aconteceria.
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Pressão aceita desde que não interfira
A confirmação da química Graça Foster na presidência da Petrobras impactou positivamente na área técnica e na política. Ela traz esperanças aos acionistas de que a interferência político-partidária na estatal comece a ser contida. A Petrobras, mais cobiçada que qualquer ministério, sempre foi um poder que não se submetia ao governo como um todo e agora passa a ter linha direta com o Palácio do Planalto. A presidente já mostrou no primeiro ano de governo que as pressões são aceitas até que não interfiram na sua maneira de governar.
Indicação aprovada
A indicação de Graça Foster teve impactos positivos também na política. Parlamentares ligados ao petróleo aprovaram a indicação dela. O peemedebista gaúcho Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar da Partilha dos Royalties, a considerou um “belo quadro”. “Ela é parte do desejo de Dilma de fazer a Petrobras uma empresa competitiva, que não tem influências políticas”, comentou.
Comissão assinou com a JTI
Na sexta, 27, a comissão que representa os fumicultores do Sul do Brasil assinou com a JTI protocolo com reajuste de 4,8% no preço do tabaco nesta safra. O BO1 passa a valer R$ 8,15 o quilo e R$ 122,25 a arroba. As demais fumageiras recebidas, novamente de forma individual, não apresentaram índice superior a 4%, inviabilizando a assinatura dos respectivos protocolos. As entidades consideram como oficial somente a tabela resultante do acordo firmado com a JTI.
Negociação continua
“Estamos abertos às demais fumageiras que queiram firmar o protocolo nas mesmas condições. É importante lembrar aos produtores de tabaco para que pressionem junto às suas empresas para que pratiquem esses preços, pois esta será uma safra de menor volume, o que deve elevar a procura. Este momento deve ser aproveitado pelo produtor para a valorização de seu produto”, destaca a Comissão.
Ades&ati
de;o ao Supersimples termina hoje
de;o ao Supersimples termina hoje
Empresa que não conseguir aderir ao sistema neste mês só poderá fazê-lo em janeiro de 2013. Micro e pequenas empresas têm até hoje, 31, para solicitar a entrada no Simples Nacional. Houve mudança no ajuste das faixas de enquadramento das empresas no sistema, instituído pela Lei Complementar 139/11. O limite para a micro passou de R$240 mil para R$360 mil e o da pequena, de R$2,4 milhões para R$3,6 milhões. O reajuste nos tetos do Simples Nacional alcança diretamente as mais de 5,7 milhões de empresas do sistema, incluindo 1,8milhão de empreendedores individuais (EI) que terão seu limite de faturamento anual ampliado de R$36 mil para R$60 mil. Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800, site: www.agenciasebrae.com.br
Novo ciclo da Adesg deve acontecer em 2013
O coordenador dos dois ciclos de Estudo de Política e Estratégia realizados pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra em Santa Cruz do Sul, Antonio Brito Lopes, esteve no 7º BIB visitando o comandante, tenente coronel Álvaro Duarte de Oliveira Junior. Foi acompanhado do engenheiro Carlos Augusto Gerhardt (Moi) e desta colunista e assessora do grupo – ambos diplomados pela Adesg. A visita serviu para alicerçar parceria na realização de um novo ciclo em 2013. A receptividade do comando foi total.
Foto: Divulgação RJ
Mara Pante, Antonio Brito Lopes, Carlos Gerhardt (Moi) e o comandante Álvaro Duarte de Oliveira Jr.
Selic rumo a um dígito
O Banco Central divulgou ata do Copom de janeiro, quando baixou a taxa básica Selic em 50 p.b; para 10,50% ao ano. O documento acena que o processo de cortes de juros deve seguir e a Selic atingir um dígito: “o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito.”A ênfase do Copom se voltou ao debate sobre o nível da taxa de juros reais no Brasil. Em sua visão, a taxa de juros neutra (a de equilíbrio) no Brasil tem caído nos últimos anos em função de fundamentos mais favoráveis como as mudanças estruturais significativas na economia brasileira, que determinaram recuo nas taxas de juros em geral, e, em particular, na taxa neutra.
Cenário para 2013
As projeções, porém, apontam inflação na metade superior da meta para 2013 no cenário de mercado (em que os juros caem para 9,5%, este ano, e sobem para 10,25%, ano que vem). Assim sendo, o Copom já sinaliza o risco de uma nova alta de juros em 2013: “em virtude dos próprios ciclos econômicos, reversões pontuais e temporárias (dos juros) possam ocorrer.”
A projeção dos economistas é de a Selic atingir 9%, em 2012, ao passo de 50 p.b. por reunião.
Dívida federal foi para R$1,8 trilhão
A Dívida Pública Federal apresentou alta de 10,17% em 2011, totalizando R$1,8 trilhão. A DPF é a soma das dívidas interna e externa. Os dados foram divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional. Só no mês passado, a alta foi de R$33 bilhões na comparação com novembro. O crescimento foi menor do que o verificado de 2009 para 2010. Em 2009, a DPF chegou ao final do ano em R$1,4 trilhão e, em 2010, em R$1,6 trilhão, o que representou um aumento de R$196,6 bilhões de um ano para o outro, ou alta de 13,13%.
ERS 403 – fluxo de obras segue normal
Interessado no andamento das obras da ERS 403, que liga Rio
Pardo a Cachoeira do Sul, o deputado Edson Brum contatou com o Daer através do assessor Achylles Braguirolli. Segundo técnico do Departamento, o fluxo das obras da empresa Empa segue normalmente. Ainda, segundo informação do Daer, está ocorrendo uma readequação logística na distribuição das máquinas utilizadas na obra.
