Nos Bastidores – 17

Nesta terça-feira, 17, às 11h, no Gabinete da prefeita Kelly acontece o lançamento do Banco de Alimentos – uma parceria entre Prefeitura, Ministério do Desenvolvimento Social e Caixa Federal. Vem para sensibilizar a população pelo aproveitamento integral dos alimentos, através de cursos e visitas a hipermercados e outros estabelecimentos. A ideia é reaproveitar a parte saudável de frutas e verduras que normalmente vão fora e doar para as13 entidades cadastradas pela assistência social que beneficiam 1.680 pessoas e 29 escolas de ensino fundamental e 17 escolas de ensino infantil, atingindo 11.252 alunos, como explicou a nutricionista Taís Giordani Pereira, da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social. A estrutura da Ceasa Regional vai ser readequada para sediar o Banco de Alimentos, que na prática, deve sair do papel em 2014. 

 

A OAB se posiciona contra a forma de escolha dos nomes indicados para a Agersant. O impasse empurra para mais longe a definição sobre a concessão dos serviços de saneamento na cidade. Sessão da Câmara de Vereadores de hoje, terça-feira, 17, deve autorizar as indicações.  

 

Também nesta terça-feira, ocorre nova rodada de negociações sobre o reajuste do preço do tabaco (foto) para a presente safra. Representantes de entidades ligadas ao produtor visitam às 9h a Universal Leaf, às 10h30 a Phillip Morris, às 13h30 a Alliance One e às 15h30 a JTI. A intenção é aproximar a proposta destas no preço com o percentual indicado de 9,9% de reajuste. Na primeira rodada de negociações a empresa que mais se aproximou do índice pedido foi a Souza Cruz com 4,4%.

 

E por falar em tabaco, a estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná provocou uma quebra de 25% na safra de tabaco, que já está sendo entregue às indústrias. Segundo Benício Werner, presidente da Afubra, na safra 2010/2011 foram colhidas 832 mil toneladas no Sul do país. Antes da seca a projeção era colher 672 mil toneladas na safra 2011/2012. Ele avalia que a menor oferta no mercado pode contribuir para aumentar o preço, pois na África e Estados Unidos a produção de tabaco também foi atingida pelo clima.

 

Em entrevista ao Jornal do Comércio o vice-governador Beto Grill (PSB), atento à relação entre os partidos que integram o governo Tarso Genro (PT) neste ano eleitoral, defende que os integrantes do Executivo estadual têm que subir no palanque dos candidatos que apoiam sem desqualificar os adversários que pertencem a legendas aliadas da gestão. Para Grill, a disputa municipal não pode ser confundida com a gestão em nível estadual, sob pena de o Estado sair perdendo. O vice-governador observa que um dos pilares da administração petista é justamente a aliança com diversas siglas (PSB, PCdoB, PDT, PTB, PPL e PRB). O socialista sustenta que, em Porto Alegre, onde a disputa entre aliados promete ser acirrada, haja uma relação respeitosa na campanha. Grill vai apoiar Manuela d’Ávila (PCdoB), que conta com o apoio do PSB.

 

A economia continua fraca, mas não parece estar piorando. Após declinar por três meses, a produção industrial cresceu em novembro e há evidências de crescimento forte também em dezembro (ainda não saíram dados oficiais). A produção de veículos cresceu mais de 6% no mês, o consumo de energia elétrica subiu 0,9% e a FGV detectou uma melhora na confiança do empresário industrial. Do lado do consumo, as vendas no varejo de novembro foram fortes, assim como as consultas ao serviço de proteção ao crédito (SPC) em dezembro.

 

O comércio eletrônico brasileiro cresceu 21% em 2011 e chegou a R$ 21,5 bilhões. O volume representou 2,2% das vendas on-line mundiais. Os dados são da consultoria Forrester Research e foram apresentados no eevento anual da Federação Nacional do Varejo, em Nova York. No ano passado, o comércio eletrônico global totalizou R$ 805,5 bilhões (US$ 450 bilhões), impulsionado principalmente pelos Estados Unidos e por países da Europa Ocidental. A expectativa é que a participação brasileira passe para 3% do comércio eletrônico mundial – ou R$ 39,3 bilhões de R$ 1,25 trilhão – nos próximos três anos, segundo a consultoria.

 

O Estadão elencou oito indícios que indicam quando o pequeno empresário autossabota seu negócio. Confira a lista e se auto-discipline, uma vez que o Sebrae-SP garante que 86% das empresas que permanecem abertas após cinco anos de vida é porque investem em inovação. Você está sabotando a inovação quando resolve os problemas só quando surgem, não arruma tempo e raramente conversa com os clientes, acredita que mudanças podem comprometer a empresa, acha que sua equipe de trabalho não gosta de dar idéias, é conservador e prefere não correr riscos, acha que a inovação acontece de maneira aleatória ou não ocorre, não acha importante se atualizar das tendências do setor ou não se lembra de nenhuma iniciativa inovadora no último ano.

 

O Censo 2010 do IBGE mostra que o percentual das pessoas que trabalham mais de 45 horas por semana no País caiu 44% para 28% em uma década. Em números absolutos, 5 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar mais de 9 horas/dia. Por outro lado, cresceu de 3% para 8,3% a proporção de quem trabalha menos de 14 horas por semana. A maior parcela tem jornada semanal entre 40 horas e 44 horas. A redução da jornada está ligada ao aumento real do salário do brasileiro e à formalização do mercado, que ajuda a regular as horas extras. O Censo 2010 também mostra que o número de trabalhadores com mais de 60 anos subiu 65% desde 2000.

 

O programa social mais importante do governo federal é, inegavelmente, o “Minha Casa, Minha Vida” – a habitação é e sempre foi o anseio maior das classes menos privilegiadas. O Bolsa Família perdeu a popularidade. A presidente Dilma (PT) sabendo disso através de uma pesquisa – separou R$ 71,7 bilhões dos recursos da União para contratar 2 milhões de moradias até 2014. Só neste ano o programa deve entregar 300 mil moradias. O “Minha Casa, Minha Vida” é mesmo diferenciado. A segunda fase terá ajustes, como maior proteção à mulher chefe de família, que pode firmar contrato mesmo sem outorga do marido e os casos de união homoafetiva não necessitam de ajustes porque o programa entende que o conceito de família é amplo e, portanto, não há necessidade de inovação.

 

 

 

Se o governo federal conseguir mesmo construir todas as 2 milhões casas que estão previstas no programa “Minha Casa, Minha Vida”, a presidente Dilma atingirá índices de popularidade jamais alcançados por outro governante brasileiro, e sua reeleição é certa. Dilma será imbatível na eleição de 2014. Não tem para a oposição, nem para o próprio Lula. E isso é consenso entre estudiosos políticos.

 

E falando em Dilma Roussef (PT), a presidente vai à Cuba no dia 31 deste mês para alinhavar alianças econômicas e abrir novas portas com o presidente cubano Raúl Castro, que implementou novas medidas de  abertura econômica recentemente. O ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota foi na frente (ontem), preparar a visita.

 

Veio ao RS nesta segunda-feira o ex-diretor da GM no Brasil, Luiz Moan. Motivo: a GM de Gravataí aguarda para qualquer momento o anúncio de que a marca ultrapassou a Toyota na posição de líder global de venda de carros. A parte de construção civil da ampliação da GM em Gravataí está pronta. Agora, começou a montagem do maquinário. As carretas com os equipamentos já chegam à unidade. A previsão é começar a produzir até o fim de 2012. Primeiro, será o modelo hatch da família Ônix. Em seguida, o modelo sedan. Celta e Prisma seguem sendo produzidos.

 

A ampliação em andamento aqui no estado tem efeito similar ao de uma nova fábrica. A capacidade de produção anual da GM em Gravataí passará de 230 mil para 380 mil carros/ano. O investimento de R$ 1,4 bilhão só na unidade gaúcha representa o maior aporte da montadora no Estado. Outros R$ 600 milhões serão aplicados no desenvolvimento da família de carros do Projeto Ônix, que nasceu no Estado. Os 150 mil veículos acrescidos com a expansão representam volume superior ao produzido na implantação da GM em território gaúcho.

 

A Standard & Poor’s fez um rebaixamento em massa de países da zona do euro na sexta-feira, 13, tirando de França e Áustria a nota AAA – a mais alta -, em decisão que pode complicar os esforços para resolver a crise da dívida europeia. A Alemanha, maior economia do bloco, foi poupada. Nove dos 17 membros da zona do euro tiveram suas notas de crédito rebaixadas pela S&P. A França e outros quatro países sofreram redução em um grau, enquanto Portugal, Itália, Espanha e Chipre caíram dois graus.

A S&P reafirmou os ratings de outros sete países da zona do euro. 

 

A agência informou que dos 16 países analisados, todos, exceto Alemanha e Eslováquia, estão com perspectiva negativa, o que significa que novos rebaixamentos são possíveis nos próximos dois anos. A agência atribui as decisões às restritivas condições do crédito, ao aumento dos bônus de risco para um amplo grupo de países, à uma tentativa simultânea de “desalavancagem” dos governos e das famílias, às previsões de fraco crescimento na região e à uma “ampla e prolongada disputa” entre os líderes europeus para resolver esses problemas. A agência manteve inalterável as avaliações de Alemanha, Bélgica, Estônia, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo e Holanda.