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Nos Bastidores – 13

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Câmara acata vetos às emendas da LDO

O governo, que tem a maioria no Legislativo, venceu por 6 x 5 (fotos) e manteve fora as 36 propostas que alteravam à Lei das Diretrizes Orçamentárias para 2012, anteriormente aprovadas pelos vereadores. 
Fotos: Mara Pante
 
 
 
Interior sentirá mais
As indicações das emendas acenavam para calçamento, alambrados, pontes e redes hídricas, reformas em ginásios e campos de futebol do interior e a construção de nove academias ao ar livre, num total de 36. O prefeito em exercício Luiz Augusto Campis as julgou inconstitucionais ou contrárias ao interesse público, vetando. 2012 é ano eleitoral e isso pesou na decisão do Governo. Nestes anos a legislação federal é mais rígida com a execução orçamentária e qualquer deslize dá pano prá manga para a oposição atacar.
 
Nervos à flor da pele
Em sessão nervosa, onde por várias vezes se via negociações entre vereadores da oposição e situação (foto), com direito a explosões de mau humor pelo andamento destas, ocorreu o último encontro ordinário do Legislativo santa-cruzense nesta segunda-feira. Além dos vetos, havia ainda a matéria que tratava do fim do voto secreto. Ari Thessing, o autor da matéria, forçou a votação em primeiro turno, mas não venceu a resistência dos colegas e ficou tudo para o ano que vem. Apenas Wilson Rabuske (PT) votou com ele. “Não há mais necessidade de se esconder para votar”, disparou Thessing inconformado.
 
 
O voto secreto e a maioria
Hermany (PP) pediu o adiamento da proposta do fim do voto secreto, uma vez que o mesmo entraria em vigor apenas em 2013 (“nem sei se vamos estar aqui em 2013”, emendou): “Tirar o voto secreto é muito mais fácil quando se tem maioria no governo”, alfinetou o vereador progressista, que lembrou: “Se não houvesse voto secreto o presidente Collor jamais teria sido cassado da presidência da República”. Carlão (PTB) abriu que quer a extinção: “que se aposente de uma vez por todas essa urna”. A matéria deverá ser analisada em dois turnos a partir da semana que vem em sessões extraordinárias, mas sempre respeitando um prazo de dez dias entre uma e outra votação. Mas é muito possível que fique para 2012.
 
Eu sou honesto
“Político que diz “eu sou honesto”, nem o diabo merece seu voto, porque é o mínimo que se pode esperar de um político”, disparou Edmar Hermany (PP) contra Ari Thessing no calor da discussão sobre o fim do voto secreto.
 

Nem bala quente, nem bala fria
“Não há vento Norte, nem vento Sul, nem bala quente, nem bala fria que me façam mudar meu voto”, declamou Hildo Ney Caspary (PP), justificando sua afinidade com a derrubada do voto secreto. “Quando estava no governo votei contra a Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública – CIP. E quando fora do governo, votei contra de novo”, reforçou. Já Beneduzzi apelou para a poesia para engrandecer a redução do déficir habitacional com a entrega dos 260 apartamentos no Bairro Progresso: “um homem sem casa é como um pássaro sem ninho”, ilustrou.
 

Para entender melhor
O voto secreto é usado nas cassações de prefeitos, vices ou vereadores, vetos do Executivo como os da última sessão, escolha da Mesa Diretora e concessão de títulos e honrarias.
 
Teve para todo mundo
A sessão da segunda-feira e última ordinária do ano levou muita gente à Câmara. O atrativo ficou por conta dos recursos que seriam autorizados pelo Legislativo – mais de R$ 170 mil. Matérias financeiras não podem ficar para o ano seguinte, motivo suficiente para limpar a pauta na última sessão do ano. Estavam lá os Chacais do futebol americano, Aeroclube e entidades do interior, como Linha Saraiva, Seival, Linha Nova e Linha Santa Cruz. A liberação dos recursos rendeu aplausos como a muito a Câmara não tinha ouvido. 
 
 
 
Sinal para Monte Alverne
Alceu Crestani (PSDB)  aproveitou a oportunidade da sua ida com a comitiva da Câmara à Brasília na audiência da Anvisa (tabaco), para visitar o gabinete da senadora Ana Amélia Lemos (PP) reforçando o pedido de melhoria no sinal da telefonia celular em Monte Alverne.
 
Incentivo à tecnologia
Projeto de Lei nº 272/E/2011, que dispõe sobre a Política Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e cria o Programa de Incentivo para o Desenvolvimento Tecnológico foi aprovado por unanimidade.  De autoria do Executivo, a matéria deve reverter em grandes benefícios futuros.
 
O tropeço natalino da Coca-Cola
A Coca-Cola lançou uma versão de latas brancas para o Natal, mas a estratégia de marketing não colou e as latas vermelhas voltaram às prateleiras antes do previsto. Um porta-voz da empresa, disse que os executivos de marketing queriam lançar uma campanha disruptiva para chamar a atenção. O branco polar era ousado e reforçava o tema da campanha de proteção aos ursos. A lata foi bem recebida e gerou muito interesse e emoção, mas a empresa se contradisse ao tentar confirmar o número de latas brancas e vermelhas nas prateleiras.
 
Sacrilégio
O Wall Street Journal andou pesquisando pelo mercado, e constatou que a versão com fundo vermelho está substituindo rapidamente a versão ártica. Embora a marca tenha sempre lançado novas embalagens promocionais, foi a primeira vez que o vermelho dominante desapareceu. Alguns consumidores reclamaram que a embalagem promocional se parecia com as latas pratas de Diet Coke. Outros juravam que o sabor da bebida havia mudado com a mudança das cores. Os radicais argumentaram que eliminar o vermelho beirava o sacrilégio.
 
Os donos da marca
Um casal postou no YouTube um vídeo no qual a mulher afirma que é capaz de reconhecer, em um teste com os olhos vendados, o sabor vindo de uma lata vermelha diferente de uma lata branca. A mudança de estratégia colocou a companhia mais uma vez em conflito com consumidores fiéis, mostrando que ela é apenas uma depositária da confiança destes, os verdadeiros donos da marca. Resumindo, um debate cheio de frustrações e emoções. Na verdade, não está claro até onde a reação pública poderia chegar, mas para se afastar de possíveis problemas maiores, a Coca-Cola está substituindo as latas.
 
Líder mundial
A marca Coca-Cola vale muitos bilhões de dólares em qualquer ranking existente no planeta. No Top 100 da Best Global Brands 2011 da Interbrand, que ela vem liderando há muito tempo, está valendo US$ 71,9 bilhões. Na BrandZ Top 100 de 2011, ela é a sexta colocada, com o valor de US$ 73,8 bilhões. Mesmo no ranking do Brand Finance, que depreciou bastante a marca em 2011, despencando da terceira para a décima sexta posição, ela vale “somente” US$ 25,8 bilhões. Gostando ou não, de qualquer maneira que você tentar calcular um valor para a marca Coca-Cola, ela vale muito na imaginação das pessoas em qualquer parte do mundo.