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Nos Bastidores – 106

 

 

O estopim

O estopim que faltava para esquentar o clima no cenário eleitoral santa-cruzense foi aceso na sexta-feira com a ausência da candidata Kelly Moraes (PTB) no debate da TV Com. Telmo Kirst (PP) ficou falando sozinho, literalmente. De lá para cá mil fagulhas foram deflagradas via redes sociais e no boca a boca pelas ruas da cidade.

Foto: Mara Pante

 

Estratégias

Estratégia prá lá, estratégia prá cá… Vale tudo, ou quase tudo no jogo eleitoral. Telmo se recusou a participar do debate na Unisc, Kelly não compareceu ao debate na TV Com. Cada um com seus porquês. Ao eleitor cabe decifrar.

 

Lenha na fogueira

A entrada do deputado federal Sergio Moraes (PTB) no horário eleitoral gratuito veio botar mais lenha na fogueira. Já estreou usando expressões como incompetência para definir a gestão do adversário político e sintetizou as eleições de oito anos atrás, que perdeu, como a eleição da verdade contra a mentira.

 

O day after

No dia seguinte ao feriadão do debate que não ocorreu, o assunto virou munição para a chapa oposicionista em seu horário gratuito na TV. A situação, que tenta a reeleição, por sua vez preferiu focar no plano de governo falando em Saúde e creches. O PSTU que nem foi chamado ao debate, apostou no mote da regularização do horário de comércio.

 

Representatividade

Muita gente estranhou o terceiro candidato à Prefeitura, Silvério Stölben (PSTU), não ter sido chamado ao debate da TV Com, tendo Lasier Martins como mediador. A explicação está na lei eleitoral que obriga a convidar para os debates apenas siglas que tenham representatividade no Congresso Nacional. Porém, a emissora pode chamar se assim o desejar, mesmo aqueles que não possuem. A RBS TV já convocou os três candidatos.

 

Gastos de campanha

Até o momento, candidatos a prefeito de Porto Alegre gastaram R$ 2,6 milhões na briga pelo voto. Manuela D’Ávila (PC do B) é a campeã, com R$ 1,4 milhão, seguida do prefeito José Fortunati (PDT), com R$ 643,9 mil. Os números são do TSE. Em São Paulo, o primeiro lugar em gastos ficou com o apadrinhado de Lula, Fernando Haddad (PT), que aplicou R$ 16,4 milhões. No Rio, o líder é Eduardo Paes (PMDB), com R$ 3,6 milhões.

 

O caixa em Santa Cruz

A campanha à Prefeitura de Santa Cruz do Sul custou R$ 353 mil nestes dois meses, no total das três candidaturas. A prefeita Kelly Moraes (PTB), que concorre à reeleição, lidera – o custo da campanha já está em R$ 194,9 mil. O candidato do PP, Telmo Kirst, já gastou R$ 158,1 mil, segundo declaração enviada ao TSE. A movimentação financeira do candidato do PSTU, Silvério Stölben, não aparece nos registros do TSE, porque o partido optou por centralizar as receitas e despesas na conta do diretório municipal, por onde passam também as finanças dos candidatos à Câmara de Vereadores. Mas a Justiça Eleitoral informa que o PSTU local já gastou R$ 14,3 mil até o momento.

 

Silvério e Carlos com o Facs

Nesta quarta, 12, às 19h, acontece na Câmara de Vereadores, a última reunião do Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e Reciclagem do Lixo em Santa Cruz do Sul – Facs -,com as candidaturas à prefeitura santa-cruzense. A vez será de Silvério Stölben e Carlos Fredrich (PSTU). O assunto em pauta é Política Nacional de Resíduos Sólidos e sua aplicação no município, envolvendo questões como a coleta seletiva, a reciclagem do lixo e a inclusão social dos catadores. Nas semanas anteriores, dialogaram com o Facs as chapas Telmo Kirst e Helena Hermany(PP) e Kelly e Campis (PTB/PT). A reunião é aberta e dura uma hora.

 

OAB

A OAB recebe nesta quarta, 12, pela segunda vez a Caravana da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados da OAB – Seccional Rio Grande do Sul, a partir das 8h30, com uma audiência na subsecção, na Rua Ernesto Alves, 626. O tema são os problemas enfrentados no exercício da advocacia em Santa Cruz. O presidente Claudio Lamachia (foto) prestigia o evento.

Foto: Rolf Steinhaus

 

Adeus Schiedeck

Lucewal Schiedeck faleceu no domingo, dia 9, com mais de 80 anos. Foi suplente de vereador tendo assumido a titularidade várias vezes, era contador, foi conselheiro do CRC-RS, foi presidente do atual Sincovarp e um dos fundadores da Unisc, alem de ter liderado muitas outras atividades.

 

Congestionamento

Ficou mais longo o trecho de 30 quilômetros da RSC-287 entre os trevos de acesso  a Santa Cruz e a Venâncio Aires no final da tarde e começo da noite de domingo, 9. O retorno do feriadão provocou congestionamento e o Comando Rodoviário da Brigada Militar chegou a registrar 15 quilômetros de fila no sentido interior-Capital. O movimento dobrou e, em um dia de chuva, resultou em seis acidentes com danos materiais no trecho. A Santa Cruz Rodovias chegou a improvisar um guichê extra para agilizar a cobrança de pedágio, mas nem assim conseguiu evitar a lentidão durante duas horas.

Foto: Rolf Steinhaus

 

Conta de luz mais baixa

Dilma anunciou no dia 06, que a partir de janeiro de 2013 o preço da energia elétrica em todo o Brasil vai baixar, com uma média de 16,2% de queda nos preços atuais para consumo residencial e até 28% de queda para o comércio e indústria. Uma medida que há muito tempo o brasileiro não escutava vindo de um Presidente da República e que pode significar uma nova retomada de crescimento da economia brasileira.

 

Amor assassino

O número de assassinatos de mulheres cometidos por homens (femicídios), respaldados por uma suposta superioridade de gênero, levou o deputado Carlos Gomes (PRB) a solicitar uma audiência pública. Promovida pela Comissão de Participação Legislativa Popular e presidida pelo deputado Dr. Basegio (PDT), ela foi realizada na manhã desta segunda, 10, na Assembleia. Se o número de femicídios de 2011 diminuiu em relação ao de 2010 (de 84 para 48), em 2012, já foram registrados mais de 50 assassinatos.

 

O que falta

O deputado Carlos Gomes vai encaminhar ao governador Tarso Genro e à Famurs um documento com as conclusões da audiência: aumentar o número de Patrulhas Maria da Penha; criar Centros de Referência da Mulher 24 horas; aumentar o número de varas especiais do Juizado da Violência Doméstica e Familiar (hoje só existe uma em Porto Alegre); incluir a Lei Maria da Penha no currículo escolar; desenvolver políticas públicas para os agressores; e construir, junto com o governo estadual, uma proposta de orçamento que destine mais recursos às políticas públicas para mulheres.