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Nos Bastidores – 10

 

Debate quente

Manhã quente ontem nos estúdios da Rádio Gazeta AM com o debate tenso que reuniu os três candidatos à Prefeitura de Santa Cruz do Sul: Kelly Moraes (PTB), Silvério Stölben (PSTU) e Telmo Kirst (PP). O debate foi dividido em seis blocos. Kelly iniciou se dizendo tranquila em relação ao pleito e na reeleição. Telmo entrou criticando a chamada gastança e o salário da prefeita. Silvério lamentou que o debate ocorresse a três dias da eleição, pois a população tinha o direito de acompanhar as discussões ao longo da campanha.

Fotos: Rolf Steinhaus

 

Alfinetada para todo lado

Com o desenrolar dos blocos o clima contido deu espaço a um mais ousado com alfinetadas e rebotes. Telmo e Silvério aproveitaram a pergunta do mediador sobre o turno único para alfinetar Kelly. Uma pergunta sobre estiagem abriu caminho para Telmo (foto) disparar que o PT, partido do vice de Kelly seria a favor da eliminação do tabaco e, com isso, os agricultores de Santa Cruz estariam “com o coração na mão”. Telmo alfinetou Campis também sobre o período em que este foi reitor da Unisc, dizendo que teria deixado a Universidade em maus lençóis financeiros. Kelly, na defesa, lançou a pergunta: “alguém lembra do Telmo nas reuniões com entidades e governo federal defendendo o tabaco?” Silvério também a criticou, quando, como deputada, não trouxe a Convenção Quadro à discussão aqui na cidade.


 

Trânsito não é caótico

Kelly respondeu sobre desenvolvimento econômico acenando para a vinda de grandes redes como o Mac’Donalds que está se instalando na cidade e Silvério rebateu alegando que grandes redes, como o BIG, não geram emprego e destroem o comércio familiar. Mas a polêmica rolou no estúdio e se espalhou pelas redes sociais quando Kelly defendeu dizendo que é usuária do trânsito da cidade e que este não é caótico.
 

Ficha suja se lava no estúdio

No quarto bloco o confronto foi direto, quando os candidatos se questionaram entre si. Telmo perguntou a Silvério (foto) sobre a licitação da água e este criticou o que considera como “privatização”. Mas os ânimos se alteraram mesmo quando Kelly questionou Telmo a respeito do PAC. O candidato do PP disse que o projeto é uma iniciativa do seu partido e ainda acusou o atual secretário Gerri Machado de “ficha suja”. Kelly ironizou que Telmo estaria nervoso porque o PAC é um sucesso. Este respondeu falando do direito de resposta que ganhou da Justiça a partir de acusações feitas pela coligação Força do Povo.


 

E a conversa chegou no trevo

Telmo perguntou a Kelly como pretende resolver o problema do trevo Fritz e Frida, na RSC-287. Ela disse que espera terminar o contrato da Santa Cruz Rodovias, em maio, para negociar com o Estado – o projeto não depende só do município, mas que ela e seus aliados têm condições de fazer porque são parceiros do governador.
 

O recurso sabonete

Tanto Kelly (foto) quanto Telmo escorregaram bonito para evitar responder duas perguntas cruciais. Para ela: sobre quem botou Gerri Machado na Prefeitura, se ela ou o Campis e, para ele, sobre quem é o sócio no posto de gasolina. Na verdade, as farpas mais afiadas chisparam entre os dois. Outra foi quando Telmo disse a Kelly: “sei onde a senhora mora e onde morava” e logo ela revida: “eu também sei onde o senhor mora e onde investe”. Aliás, o passado dos candidatos foi o principal mote das acusações.
 


 

O tão debatido salário

Nas considerações finais, Kelly disse que precisa do salário para viver, sua única fonte de renda, que não possui rede de postos, e é por isso que, ao contrário do candidato Telmo, não vai abrir mão. Silvério lembrou que o PSTU faz política por opção de vida e não por profissão e se for eleito, o salário de prefeito será bem menor do que o atual. Já Telmo disse não ser candidato para ofender ninguém, mas que sua vida privada foi ofendida e que pretende abrir mão do salário para poupar dinheiro e investir em outras demandas.
 

Agora sim

Novo visual temático na Rua Marechal Floriano com a conclusão da decoração. As faixas tão criticadas nas redes sociais ganharam ornamentos e emprestam um ar festivo ao centro da terra da Oktoberfest.


 


Compra de voto é crime

Agentes da Polícia Federal de Santa Cruz do Sul deram flagrante, nesta quinta-feira, em ação de compra de votos no centro da cidade. Um homem estava em uma residência na Rua Capitão Fernando Tatsch, perto da esquina com a Rua Carlos Trein, onde havia ranchos, uma lista com nomes de eleitores que seriam beneficiados e farto material de campanha de uma candidata à Câmara de Vereadores. Durante a manhã a PF vinha monitorando a movimentação no local. Acionou a Justiça Eleitoral e filmou o fragrante. O homem inclusive ofertou ao agente uma sacola. O artigo 299 do Código Eleitoral prevê fiança, mas o flagrante aumenta a pena derrubando essa hipótese. A candidata foi recolhida ao presídio e fica à disposição da Justiça Eleitoral.