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Não deixe as más companhias roubarem de você a capacidade de achar as boas

Há milhares de anos Salomão já alertava: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal”.
Escrevo essas palavras porque cresci ouvindo Whitney Houston. Não só por sua voz inigualável, potente e explosiva ou por seus singles majestosos, mas principalmente por ela ser filha da cantora gospel Cissy Houston, prima de primeiro grau de Dione Warwick e ter começado a cantar na igreja aos 11 anos.
Pois não é que acordei no domingo com a notícia de que Whitney tinha morrido?! Fiquei imóvel, meio em estado de choque e demorei um pouco para absorver a novidade. Daí pensei: “Poxa, ela só tinha 48 anos, era uma negra linda e uma das cantoras pop mais bem-sucedidas e premiadas de todos os tempos. E agora ela está morta?”.
Mas onde sua glória de artista começou a se transformar em agonia?
Não quero fazer julgamento precipitado, mas, segundo li na imprensa, seu casamento com o rapper Bobby Brown teve forte influência na sua decadência e dependência das drogas. Se isso é verdade demonstra claramente que as nossas companhias são como botões em um elevador. Podem nos levar para cima ou para baixo.
É como a história do camarão que, numa certa manhã, acordou animado e resolveu viajar pelo mar em busca da felicidade. Logo no início da jornada encontrou uma ostra que, vendo sua alegria, perguntou:
– Aonde vai camarão, com tanta pressa?
– Vou à busca de minha felicidade?
A ostra então propôs ao camarão:
– Esta prancha fará aumentar sua velocidade.
O camarão pegou a prancha e saiu em alta velocidade mar a fora. Logo encontrou a moreia que, sentindo a sua euforia, aconselhou:
– Tome essas nadadeiras de silicone que farão com que você se torne ainda mais rápido.
O camarão sentou-se na prancha, colocou as nadadeiras e saiu numa velocidade nunca vista. Porém, mais adiante, deu de cara com o tubarão que, com sua boca cheia de dentes afiados, sussurrou:
– Aonde vai amiguinho com tanta pressa?
– Ah! Vou à busca de minha felicidade – respondeu o camarão animado.
Sagaz, o tubarão abriu a boca, apontou para o “túnel” e ofereceu-lhe uma oportunidade ímpar:
– Se você quiser lhe mostro um atalho.
– Legal! – gritou o camarão antes de correr para dentro da boca do tubarão e nunca mais ser visto.
Portanto, escolha bem seus amigos e não deixe as más companhias roubarem sua capacidade de achar as boas.