Nesta terça-feira, 1, em audiência entre o Município de Santa Cruz do Sul, Ministério Público (MP) e as Irmãs de Maria de Schoenstatt, foi firmado um acordo parcial, no qual o santuário localizado às margens da BR- 471 será mantido aberto nas terças e quintas-feiras, além dos domingos, das 14h às 17h. A segurança do local será feita pela Guarda Municipal. A ação foi mediada através do Ministério Público, pelo 2° Promotor de Justiça Especializado, Érico Fernando Barin.
Também ficou acordado que em até 30 dias, a Congregação Schoenstatt irá avaliar a possibilidade de colocar mais símbolos religiosos da “Mãe Rainha” no antigo santuário.
No entanto, as atividades religiosas se concentrarão no santuário na Rua Thomaz Flores, 759, aberto ao público diariamente, das 7h30 às 17h30, até que se defina o novo imóvel.
Conforme o acordo, os visitantes e turistas terão acesso aos sanitários da guarita, ao pátio e à Capela do prédio do santuário, onde foi colocado um quadro da Mãe e Rainha, além de cadeiras.
De acordo com a irmã Rosequiel Lopes Fávero, as Irmãs de Maria não retornarão para o local, mesmo após a abertura e que não devem ser realizadas celebrações no lugar. “O local está aberto para visita e oração pessoal e esta abertura é temporária, até que se tenha o lugar para o novo Centro do Movimento de Schoenstatt, onde o Santuário será reconstruído”. A falta de segurança foi o principal ponto pela saída das irmãs do antigo santuário, localizado às margens da BR-471.
Segundo o despacho, havendo o descumprimento injustificado do ajuste delineado nas cláusulas pela Congregação Irmãs de Maria de Schoenstatt, o Ministério Público e o Município de Santa Cruz poderão adotar as providências necessárias de forma imediata. O acordo também prevê que “caso a Congregação Irmãs de Maria de Schoenstatt opte por não mais manter instalações do Santuário de Schoesntatt em Santa Cruz do Sul, procederá à devolução do imóvel junto à rodovia BR-471 ao Município de Santa Cruz do Sul num prazo de 30 dias após o anúncio público”.
Fica acordado que não haverá fixação de multa por descumprimento, e sim, nessa hipótese, a extinção do acordo, retornando ao Ministério Público e ao Município de Santa Cruz do Sul o cotejo de eventuais medidas legais para assegurar imediatamente a destinação da área em consonância com a lei municipal.
A irmã Rosequiel Lopes Fávero explica que como não há um projeto concreto para um novo centro, ficou acordado que a comunidade possa estar utilizando aquele espaço no momento. “Em breve teremos o Santuário reconstruído em outro local. Estamos rezando por isso”, enfatiza.