Estou hoje me permitindo trazer um texto de um psicoterapeuta, que foi presença constante em congressos, com suas memoráveis palestras. Com muitos livros publicados, seu nome está presente na memória de muitos professores: Içami Tiba. Um dos textos memoráveis dele é este que dá o título da crônica desta semana.
Pensando bem, é assim mesmo: a gente pode abrir ou não diferentes portas e vai encontrar diferentes realidades. Convido você a deliciar-se com as palavras de Içami Tiba:
“Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não.
Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala.
Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.
Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se.
Mas também tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles, se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobrem-se outras tantas portas.
A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos, e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela sua frente. É a repetição perante a criação. É a monotonia cromática perante o arco-íris. É a estagnação da vida. Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens.”
Este é o desafio de nossa vida: abrir portas, decidir entrar ou não, mas tudo tem seu preço. Abrir e entrar ou não, eis a questão. É a vida!