Grasiel Grasel
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O 2º promotor de Justiça Especializada de Santa Cruz do Sul, Érico Barin, divulgou um comunicado à imprensa na tarde dessa segunda-feira, 30, informando que continua acompanhando a flutuação dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha na cidade e que, segundo ele, há espaço para maiores diminuições no valor cobrado pelo litro da gasolina.
Segundo o levantamento do promotor, em 3 de março de 2020, o preço do litro da gasolina era de R$ 4,592 em Santa Cruz. No entanto, entre os dias 1 e 7 de março, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, o custo médio do combustível ao consumidor brasileiro era de R$ 4,531. A diferença de seis centavos teria sido o suficiente para que Barin identificasse como insuficiente as reduções praticadas na cidade.
Na nota, Barin afirma que a pequena margem no preço pode estar dentro de uma tolerância das “regras do livre mercado”, especialmente pela diferença de tributação entre cada Estado, no entanto, ele acredita que as reduções não acompanham proporcionalmente os recuos nas refinarias, que já acumulam cerca de 40% neste ano. “É certo que as reduções aplicadas aos preços dos combustíveis ao consumidor em SCS nem de perto acompanharam aquelas anunciadas nas refinarias nas últimas semanas”, afirma.
O promotor ressalta que respeita as “regras do livre mercado” e que, portanto, “sugere aos proprietários dos postos que apliquem percentuais maiores de redução aos preços cobrados nas bombas, mesmo que em caráter promocional”. Ele também orienta que consumidores santa-cruzenses acompanhem as consultas realizadas pelo Procon de Santa Cruz com os postos de abastecimento, dando preferência aos que aplicam preços menores.
DIMINUIÇÃO NÃO CHEGA A 7%
De acordo com a última pesquisa do Procon, realizada no dia 27 de março e divulgada no site da Prefeitura, a média dos preços do litro da gasolina praticados na cidade estão em R$ 4,43, com o menor valor cobrado registrado em R$ 4,36 e o maior em R$4,58.
Em 17 janeiro, a primeira tabela de levantamento registrada pelo órgão de proteção ao consumidor identificava o preço do litro da gasolina comum em R$ 4,726, ou seja, desde então, o valor recuou apenas R$ 0,292, cerca de 6,5%, contrastando com as quedas nas refinarias, que foram muito maiores.
Além da tabela do Procon, também é possível acompanhar o preço dos combustíveis através do aplicativo “Menor Preço”, do programa Nota Fiscal Gaúcha que, inclusive, permite ao usuário ver a localização do posto listado por GPS. Na tarde dessa segunda-feira, 30, ele registrava estabelecimentos cobrando até R$ 4,32 no litro da gasolina.